Após críticas, Bolsonaro troca pronome e usa "seu Exército" em visita a SP
Depois de ser alvo de críticas pelo uso da expressão "meu Exército", o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) mudou o pronome ao se referir à instituição durante agenda em São Paulo (SP), na manhã de hoje.
Em discurso realizado na solenidade de transmissão de cargo da chefia do Comando Militar do Sudeste, Bolsonaro usou a expressão "seu Exército" e aderiu a esse pronome possessivo ao menos cinco vezes, diferentemente do que vinha fazendo até a semana passada.
Em 8 de abril, o presidente agradeceu ao "seu Exército brasileiro", ressaltando o fato de que ele é capitão reformado da força militar.
Na mesma ocasião, ele observou que a instituição representava uma "estabilidade" para o país. Exatamente um mês antes, Bolsonaro havia dito que não usaria o "seu Exército" para dar apoio ao cumprimento de medidas de restrição adotadas em estados e municípios, ou mais precisamente o "lockdown" (interrupção total das atividades).
Hoje, Bolsonaro usou o pronome "seu" ou "sua" todas as vezes que se referiu ao Exército e também às outras duas forças armadas, Marinha e Aeronáutica.
"As suas Forças Armadas, sempre dentro das quatro linhas da Constituição, não medirão esforços para nos garantir o oxigênio da vida que é a nossa liberdade", disse em determinado momento. Em outro, ele disse na sequência "sua Marinha, o seu Exército e a sua Aeronáutica"
Ao final do discurso, ele retomou a expressão. "Podem contar, como sempre contaram, com o seu Exército", disse.
A cerimônia marcou a troca do Comando Militar do Sudeste, com Tomás Miguel Ribeiro Paiva em substituição a Eduardo Antonio Fernandes, que assumirá um cargo no Ministério da Defesa.
O general Edson Leal Pujol, que será oficialmente substituído por Paulo Sergio Nogueira no cargo de comandante do Exército no dia 20 de abril, também estava presente e fez um discurso de elogios a Eduardo Antonio Fernandes e à postura da instituição em relação ao combate da pandemia do novo coronavírus.
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