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Bolsonaro associa esquerda a verme e vê silêncio após Lula ficar elegível

Do UOL, em São Paulo

16/04/2021 13h54Atualizada em 16/04/2021 13h54

Em uma indireta, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) associou a esquerda a "vermes" e disse que tem percebido menos críticas contra a sua gestão após o presidente Lula ter se tornado elegível. Para o gestor federal, a esquerda fazia "escândalos" e hoje estão "quietinhos" porque está acontecendo o que "interessa para eles".

O presidente fez as declarações no início da tarde de hoje em uma conversa com apoiadores, em Brasília, em um contexto no qual o ex-presidente Lula está novamente elegível após ter as condenações anuladas por maioria do STF (Supremo Tribunal Federal).

Eu vi um cara com garrafa d'água que levou um soco na cara. Aconteceu um caso semelhante com um vagabundo que um policial dava um cascudo no cara, toda a esquerda se levantava contra, fazia um escândalo, não faziam nada. Agora tão quietinhos por quê? O que tá acontecendo interessa pra eles Jair Bolsonaro, presidente da República

Bolsonaro voltou a exaltar as Forças Armadas e policiais, alegando que "alguns excessos sempre existem", com alguns guardas municipais e com "alguns poucos policiais" no Brasil.

O presidente da República alegou que os opositores do PT e do PSOL se posicionavam contra a militarização, mas disse que agora a situação mudou.

"Ivermectina mata verme ou não?"

Aos risos, o presidente Jair Bolsonaro comparou os opositores do PT a "vermes" e sugeriu que tomassem ivermectina. O chefe do Executivo soltou a indireta momentos depois de defender o uso do medicamento que não tem eficácia cientificamente comprovada contra a covid-19.

"Agora, ivermectina mata verme também ou não? Então entendi porque a esquerda é contra", disse Bolsonaro.

Os apoiadores sugeriram que o ex-presidente Lula tomasse a medicação e o presidente voltou a rir.

O ex-ministro da Saúde, Henrique Mandetta, também foi alvo das críticas do presidente. Na visão de Bolsonaro, assim como o senador Jorge Kajuru (Cidadania-GO), o país poderia ter comprado 70 milhões de doses da vacina da Pfizer ano passado e que foi o governo federal que não quis fazer a aquisição.

Em sua defesa, o presidente alegou que a primeira dose da vacina foi aplicada em território nacional em dezembro do ano passado.

"Como eu ia comprar [a vacina] em setembro?", questionou o presidente.

No entanto, a primeira dose aplicada foi a da CoronaVac, imunizante desenvolvido pelo Instituto Butantan em parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac.

No ano passado, o governo federal recusou a compra das doses da Pfizer. A farmacêutica confirmou a informação.