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Sem citar Doria, Bolsonaro ataca governo de SP: 'Patife vai me culpar'

Do UOL, em São Paulo

16/04/2021 13h08Atualizada em 16/04/2021 13h55

Em conversa com apoiadores no início da tarde de hoje, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) falou indiretamente sobre o governador de São Paulo, João Doria (PSDB) e fez críticas contra as medidas de isolamento adotadas para conter o avanço da covid-19.

Na visão do chefe do Executivo, a economia não vai suportar as medidas e, como consequência, os danos serão apontados como culpa dele.

O presidente usou o exemplo de um apoiador do Vale do Ribeira, no interior de São Paulo, que vive da plantação de bananas e não está conseguindo vender o produto.

"A banana tá amadurecendo no pé. O cara não vai plantar mais. Agora, quando voltar o consumo novamente, o preço da banana vai lá para cima e o 'patife' vai dizer que a inflação é minha. Não fala quem é o patife aqui não, tá. Porque isso no dicionário até que não é tão pejorativo assim" Jair Bolsonaro, presidente da República

Bolsonaro também disse que não existem autoridades do Executivo conversando com o povo "por aí", mas que na próxima semana, "vai ter bastante, pode ter certeza".

O presidente diz isso no contexto em que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva está oficialmente elegível, após o STF (Supremo Tribunal Federal) formar maioria para anular as condenações impostas pela Operação Lava Jato.

Doria chama apoiadores de Bolsonaro de "malucos como ele"

O governador de São Paulo, João Doria, voltou a fazer críticas contra os posicionamentos do presidente Jair Bolsonaro contra as medidas de isolamento social.

Durante uma coletiva de imprensa realizada ontem, Doria chamou Bolsonaro de negacionista e disse que seus apoiadores são "malucos como ele".

O presidente havia dito que o Brasil "está no limite" e chegou a falar em "barril de pólvora". Bolsonaro disse que aguarda uma "sinalização do povo" para "tomar providências".

"O Brasil está no limite, pessoal fala que devo tomar providência... Estou aguardando o povo dar uma sinalização porque a fome, a miséria e o desemprego estão aí, só não vê quem não quer", disse o presidente da República.