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MDB apoiará Renan Calheiros como relator da CPI da Covid, diz Eduardo Braga

Senador Renan Calheiros - Senador Renan Calheiros
Senador Renan Calheiros Imagem: Senador Renan Calheiros

Colaboração para o UOL

16/04/2021 10h21Atualizada em 16/04/2021 20h41

O senador Eduardo Braga (MDB-AM) confirmou hoje que seu partido vai apoiar a candidatura do também senador Renan Calheiros (MDB-AL) à relatoria da CPI da Covid, que vai investigar as ações do governo federal no combate à pandemia.

Braga disse que apoiará pessoalmente a candidatura de Calheiros e que o MDB, por ter maior bancada da Casa, vai reivindicar a relatoria da CPI. "O senador Renan Calheiros vem desde o início do processo se colocando como postulador à condição de relator dessa CPI", disse o senador em entrevista à GloboNews.

O senador disse ainda que até o início da CPI "haverá muita negociação", mas que a posição do MDB está definida.

"Já comuniquei ao senador Renan Calheiros, com a correção que me caracteriza, eu sou o líder do partido. O partido havia se reunido e o Renan havia manifestado a sua posição em relação a relatoria, e eu não poderia ter uma posição diferente.", acrescentou ele.

Para Braga, essa CPI promete ser "uma das mais marcantes da história do parlamento brasileiro".

"O Brasil tem uma marca muito triste para todos nos. Portanto, a responsabilidade dessa CPI e talvez por isso, se você ver os 11 nomes, são senadores seniores, que na sua grande maioria tem longa vida pública, experiencia, foram governadores, ministros, há presidiram a Casa.", disse.

Omar Aziz (PSD-AM), cotado para ser o presidente da CPI, já foi informado por Eduardo Braga de que ele não será candidato à relatoria.

Em entrevista à GloboNews na manhã de hoje, Aziz afirmou que não tem nenhuma objeção ao nome de Renan Calheiros como relator.

"Renan Calheiros já foi três vezes presidente do Senado, já foi ministro da justiça. Nenhum senão com o senador Renan", afirmou ele. "Se nós entramos na CPI e assinamos a CPI porque já temos opinião formada, iremos começar muito mal. A CPI é para investigar fatos. Tem fatos conexos que vamos chegar a pessoas.", acrescentou

Início da CPI

Questionado sobre quais seriam os primeiros passos dessa Comissão, Eduardo Braga afirmou que eles devem "começar do começo".

"O primeiro ministro da Saúde a enfrentar a pandemia foi o Mandetta, e foi a partir do ministro Mandetta que nos começamos a perceber um desencontro entre o que pregava a ciência e o que pregava o governo.", disse ele, acrescentando que os outros três ministros da Saúde durante a pandemia também devem ser ouvidos, inclusive o atual ministro, Marcelo Queiroga.

O senador disse também que a CPI poderá investigar ações de governos federais e municipais "onde houver nexo" e "conexão" com a ação do poder Federal.

Erros do governo

As vacinas são o ponto em que o governo do Brasil mais errou desde o início da pandemia, segundo o senador Eduardo Braga. Para ele, o Brasil não está desabastecido de vacinas "por acaso".

"No semestre passado, quando havia vacina disponível no mercado mundial, o Brasil hesitou e deixou de comprar as vacinas quando ela nos foi oferecida. Nós atrasamos a compra de vacina. Isso sem dúvida impactou dramaticamente o numero que temos hoje."

A falta de planejamento foi outro problema grave na visão do senador. Nesse ponto, ele acredita que estados e municípios também fazem parte do erro, mas que faltou coordenação unificada.

"Segundo ponto é que o planejamento, e aí envolve questão de gestão estadual, municipal, que é grave, mas também uma falta de coordenação e comando unificado que acabou complicando ainda mais essa falta de gestão.", concluiu.