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CPI da Covid é chance para 'muita gente no limbo' reaparecer, diz Mourão

O vice-presidente Hamilton Mourão falou sobre a instalação da CPI da Covid - Francisco Stuckert/Fotoarena/Estadão Conteúdo
O vice-presidente Hamilton Mourão falou sobre a instalação da CPI da Covid Imagem: Francisco Stuckert/Fotoarena/Estadão Conteúdo

Do UOL, em São Paulo*

28/04/2021 12h24Atualizada em 28/04/2021 13h14

O vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB) afirmou hoje que a CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Covid, instalada ontem no Senado, vai dar oportunidade para que "muita gente no limbo" possa reaparecer. Mourão não citou nomes.

"Vamos aguardar para ver o que vai acontecer. Acho que vai ter muita discussão política, muita gente aproveitando para reaparecer. Gente que estava no limbo retorna. Tem gente que sempre ressuscita", declarou Mourão nesta manhã na chegada à vice-presidência.

A CPI tem como relator o senador Renan Calheiros (MDB-AL), que foi alvo de uma tentativa de impedimento por parte de aliados do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Em seu discurso ontem na CPI, Renan criticou ações do governo federal no enfrentamento à pandemia e afirmou que fará um relatório "isento".

O emedebista é ex-presidente do Senado e réu no STF (Supremo Tribunal Federal) em uma investigação ligada à Operação Lava Jato que apura suspeitas de envolvimento do parlamentar em um esquema de corrupção na Transpetro, subsidiária de logística e transporte da Petrobras.

Mourão defende decisão da Anvisa sobre Sputnik V

Questionado sobre a decisão da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) de rejeitar o pedido feito por estados para a importação da vacina Sputnik V, Mourão disse que a agência reguladora "fez um trabalho técnico" e "bem avaliado" por especialistas.

Segundo o vice-presidente, cabe agora ao Instituto Gamaleya, que produz o imunizante russo, apresentar os dados necessários cobrados pela Anvisa.

"A Anvisa fez um trabalho técnico e muito bem avaliado pelos cientistas que não pertencem à agência. Então, é muito claro que compete ao Instituto Gamaleya, da Rússia, apresentar toda a documentação, a metodologia que foi utilizada na testagem para que a gente consiga aprovar essa vacina", afirmou.

Mourão também minimizou especulações de que a determinação da Anvisa tenha sido uma decisão política. Isso porque os responsáveis pela Sputnik V indicaram, na página oficial da vacina no Twitter, que a decisão da agência regulatória brasileira pode ter sofrido influência dos Estados Unidos, rival político da Rússia. Essa hipótese é rechaçada pela Anvisa.

(*Com informações do Estadão Conteúdo)