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Doria ataca Bolsonaro por 400 mil mortos: perdemos tempo e pagamos com vida

João Doria em encontro com o presidente Jair Bolsonaro 2019 - Reprodução
João Doria em encontro com o presidente Jair Bolsonaro 2019 Imagem: Reprodução

Do UOL, em São Paulo

29/04/2021 20h00Atualizada em 29/04/2021 20h02

O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), atacou o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) devido as 400 mil mortes ocorridas no Brasil por covid-19 e disse que o país está pagando um preço alto pela demora na aquisição de vacinas.

"O Brasil chegou a 400 mil mortos por covid-19. É uma das mais tristes notícias, não só da pandemia, mas da história do nosso país. Um sentimento de tristeza e indignação invadiu os corações de cada um de nós", disse Doria, em uma rede social.

"O Brasil está pagando um preço muito alto pelo tempo perdido para comprar vacinas. Pelo tempo desperdiçado com falsos remédios, com fake news, com posturas ideológicas, com mentiras e com negacionismo", completou.

Aliados na eleição de 2018, Doria e Bolsonaro hoje mantêm uma relação de ataques mútuos, reforçados através de xingamentos públicos como "patife" e "vacina antirrábica". Ambos aparecem como virtuais candidatos à eleição presidencial do ano que vem.

Nesta quinta-feira (29), o Brasil superou mais de 400 mil mortes por covid-19. A marca foi alcançada 19 dias depois de o país contar 350 mil vítimas da pandemia e pouco mais de 13 meses após o primeiro óbito confirmado. Desde as 20h de ontem foram registradas mais 1.678 vidas perdidas, totalizando 400.021 mortes em decorrência do novo coronavírus.

Os dados são do consórcio de veículos de imprensa, do qual o UOL faz parte, e que apura os números de casos e óbitos com as secretarias estaduais de Saúde. O Brasil já está há 98 dias com a média móvel de mortes acima de mil.

De acordo com o levantamento da Universidade Johns Hopkins, o Brasil ocupa o segundo lugar no número de óbitos em decorrência da doença, atrás apenas dos Estados Unidos, com mais de 500 mil mortes. Quanto ao número de casos, o país ocupa a terceira posição, atrás de Estados Unidos e Índia, que enfrenta uma alta acelerada de infectados. De acordo com o consórcio de imprensa, o Brasil tem 14.541.806 casos.

Demora na aquisição

Ao citar a demora na compra de vacinas, Doria referia-se a três ofertas da farmacêutica Pfizer, e que foram rejeitadas pelo governo Bolsonaro, ainda no ano passado. Com isso, o Brasil deixou de obter ao menos 3 milhões de doses em meio à escassez de vacinas contra a covid-19.

O volume era previsto para até fevereiro.