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Castro toma posse como governador do RJ e cita divergências com a Alerj

Cláudio Castro toma posse como governador do Rio de Janeiro em cerimônia na Alerj - Rafael Campos/Governo do Rio
Cláudio Castro toma posse como governador do Rio de Janeiro em cerimônia na Alerj Imagem: Rafael Campos/Governo do Rio

Rai Aquino

Colaboração para o UOL, no Rio

01/05/2021 11h38Atualizada em 01/05/2021 15h16

Cláudio Castro (PSC) tomou posse na manhã de hoje como governador do Rio de Janeiro um dia após o impeachment de Wilson Witzel (PSC), que era o cabeça da chapa nas eleições de 2018.

Na solenidade, Castro lembrou da recente disputa politica que teve com a Alerj (Assembleia Legislativa do Rio). Nos últimos dois dias, o então governador em exercício protagonizou uma queda de braço com o parlamento fluminense por causa do leilão da Cedae (Companhia Estadual de Águas e Esgotos).

"Precisamos ter coragem, a hora é agora. A semana que passou, marcada por divergências, hoje fazem parte do passado", destacou o agora governador.

Em seu primeiro discurso como governador, Castro falou de ética, disse estar olhando para o futuro e pregou a necessidade de união entre os poderes.

É chegada a hora de olharmos para a frente. O momento é de reconstrução. A população exige um governo sólido, sustentável e de diálogo. Seguirei sendo um homem de entendimento. E mais uma vez quero fazer um pacto pela recuperação
Cláudio Castro

Cláudio Castro tome posse como governador do Rio nove meses depois de estar como interino no comando - Rafael Campos/Governo do Rio - Rafael Campos/Governo do Rio
Cláudio Castro tome posse como governador do Rio nove meses depois de estar como interino no comando
Imagem: Rafael Campos/Governo do Rio

Atraso de mais de 1h

Para assumir o Executivo fluminense, Castro prestou juramento constitucional e assinou o termo de posse como governador, em sessão presidida pelo presidente da Alerj, o deputado estadual André Ceciliano (PT).

A cerimônia estava marcada para 10h, mas atrasou por mais de uma hora, sendo iniciada apenas às 11h15. A sessão começou com um minuto de silêncio em homenagem às vítimas do novo coronavírus no país.

Ao falar já como governador, Castro pediu mais um minuto de silêncio para lembrar das vítimas da covid-19.

"Acredito na vacina para vencermos a pandemia. O momento é realmente de reconstrução. De firmarmos um pacto pela retomada dos empregos, de enfrentarmos a pobreza e a fome, pela vida da população do estado do Rio de Janeiro", defendeu o governador.

Cláudio Castro chegou à Alerj para tomar posso como governador acompanhado da esposa, Analine Costa de Castro e Silva, e do filho - Rafael Campos/Governo do Rio - Rafael Campos/Governo do Rio
Cláudio Castro chegou à Alerj para tomar posso como governador acompanhado da esposa, Analine Costa de Castro e Silva, e do filho
Imagem: Rafael Campos/Governo do Rio

Em seu discurso, antes do governador, Ceciliano fez um pedido ao político do PSC ao lamentar a atual situação econômica do Rio.

Nesse dia esperamos que a boa relação de vossa excelência com o presidente Jair Bolsonaro possa fazer com que o Rio seja tratado com mais carinho pela equipe econômica
André Ceciliano

Nove meses como interino

Castro assume o governo do Rio de Janeiro um dia após o impeachment de Wilson Witzel (PSC) ser aprovado no TEM (Tribunal Especial Misto) formado por desembargadores do TJRJ (Tribunal de Justiça do Rio) e deputados estaduais. O ex-juiz federal foi condenado por crime de responsabilidade por compras e renovações de contratos durante a gestão da pandemia.

O agora governador estava interinamente no comando do estado desde o dia 28 de agosto de 2020, quando Witzel foi afastado do cargo por uma decisão do STJ (Superior Tribunal de Justiça) no âmbito da Operação Tris in Idem. Castro também é investigado por corrupção.

Na tarde de hoje, o governador fará um pronunciamento no Palácio Guanabara, em Laranjeiras, na Zona Sul do Rio, sede oficial do governo do estado.