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Senado cria sistema especial para armazenar documentos da CPI da Covid

Mesa diretora da CPI da Covid - Agência Senado
Mesa diretora da CPI da Covid Imagem: Agência Senado

Lucas Valença

Colaboração para o UOL, em Brasília

05/05/2021 16h28Atualizada em 05/05/2021 16h28

A Secretaria de Tecnologia da Informação do Senado vai criar um sistema para armazenar os documentos que forem requisitados pela CPI da Covid a diversos órgãos das administrações públicas federal, estaduais e municipais.

O grupo técnico responsável pelo sistema, formado por cinco especialistas em informática, foi pedido pelo senador Ciro Nogueira (PP-PI) e aprovado na semana passada pelo colegiado da comissão parlamentar de inquérito.

Segundo o senador, a criação do novo sistema foi necessária devido ao "grande volume de dados em meio magnético, relativos aos gastos de recursos destinados ao combate à covid-19" que serão entregues.

O programa, que será construído pela equipe do Senado, servirá também para que os servidores e parlamentares tenham acesso remoto aos documentos na medida em que as informações forem enviadas à secretaria-geral da CPI.

"Cumpre informar que as CPIs, inclusive a da Pandemia, contam com soluções de TI do Prodasen destinadas à recepção e ao armazenamento seguro de documentos eletrônicos, inclusive franqueando o acesso remoto seguro por meio de rede privada virtual aos membros dos colegiados em questão", diz o comunicado de resposta do diretor do setor, Alessandro Pereira, ao requerimento.

Primeiras informações

Nesta quarta-feira (5), a secretaria-geral da CPI começou a receber as primeiras respostas com relação aos 310 requerimentos de informações enviados aos órgãos dos entes federados na semana passada.

Para avaliar o grande volume de documentos que devem chegar à CPI, o relator, Renan Calheiros (MDB-AL), também deverá instituir as chamadas subcomissões, que deverão auxiliar o trabalho do senador na apuração dos documentos.

A CPI da Covid foi criada no Senado após determinação do Supremo. A comissão, formada por 11 senadores (maioria era independente ou de oposição), investigou ações e omissões do governo Bolsonaro na pandemia do coronavírus e repasses federais a estados e municípios. Teve duração de seis meses. Seu relatório final foi enviado ao Ministério Público para eventuais criminalizações.