Randolfe diz que CPI investiga comandos paralelos em dois Ministérios
Vice-presidente da CPI da Covid, Randolfe Rodrigues (Rede) admitiu que a comissão investiga a existência de dois "comandos paralelos" no governo federal, que interferiram no combate à pandemia de covid-19. Ele disse que isso está claro em referência ao Ministério da Saúde. E acredita que é preciso investigar a existência do mesmo tipo de gestão no Ministério da Comunicação também.
"Depoimentos do Mandetta e do Teich indicaram a existência desse Ministério paralelo na Saúde. O Queiroga demonstrou insegurança por comandar o Ministério da Saúde e ter indicações distintas do Palácio do Planalto. Então passou a ser um dos focos da CPI a existência desse comando paralelo. Claramente tem 2 tipos de comando, um baseado na ciência, e um outro comando existente, ao que parece, no Palácio do Planalto, baseado na tese da imunidade de rebanho, com o custo que isso tem acarretado à população brasileira", afirmou Randolfe em entrevista à Globonews.
De acordo com Randolfe, o comando paralelo no Ministério da Comunicação pode ser revelado por Fabio Wajngarten, ex-secretário executivo da pasta, que será ouvido na CPI amanhã.
"Esse depoimento para nós é central. Versará sobre vacinas e trará elementos que nos indicam a existência de um gabinete paralelo de comunicação, que atuou nesse período de pandemia", revelou Randolfe.
O senador foi perguntado sobre qual é o balanço da CPI da Covid até agora. Ele destacou novamente esses comandos paralelos e disse que a comissão tem feito o governo tomar medidas sanitárias mínimas
"Após a instalação da CPI, o presidente e o Ministério da Saúde informaram compra de 100 milhões de doses da vacina da Pfizer. O presidente ontem anunciou formação de um comitê de enfrentamento. Só pelo fato de ter se instalado CPI, algumas medidas sanitárias mínimas foram tomadas, ao que pese existir ainda um comando negacionista", concluiu Randolfe.
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