Renan Filho vê "desespero grande" de Bolsonaro após ataques em visita a AL
O governador de Alagoas, Renan Filho (MDB), afirmou ao UOL que as agressões proferidas hoje pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) contra o senador e relator da CPI da Covid, Renan Calheiros (MDB-AL), durante visita a Maceió, são fruto de um "desespero grande", por estar acuado pela investigação da Comissão Parlamentar de Inquérito no Senado.
Mais cedo, durante solenidade de entrega de chaves a moradores de um conjunto habitacional, Bolsonaro chamou o senador alagoano e pai de Renan Filho de "picareta" e "vagabundo" e disse ainda que CPI é "um crime".
"Ele veio fazer um contraponto à CPI porque está acuado pela investigação, que se aproxima cada vez mais do núcleo do governo. Uma pandemia que ceifou a vida de mais de 425 mil brasileiros com um presidente negacionista, que negou as vacinas, que se nega a usar máscara ---hoje mesmo ele não usou aqui--, que propõe fantasiosamente o tratamento precoce das pessoas. Então ele está acuado, tenta reagir, mas de maneira inadequada", diz.
Ele demonstra um nível de desespero grande, que pode ser visto tanto na forma de falar, como pelos termos usados. É uma tristeza ver o presidente de portar de maneira desapropriada, deselegante, torpe.
Renan Filho, governador de Alagoas
Renan Filho, que sempre manteve uma relação cordial com o presidente (tanto que foi o único convidado do Nordeste por Bolsonaro para uma reunião sobre a pandemia em março), subiu o tom das críticas contra o presidente.
"Nós, que já o conhecemos, sabemos que não tem apreço pelas instituições, pela democracia. Ele veio inaugurar obras já inauguradas. Ele não tem obra, por isso escolheu as três que ainda têm alguma relação com o governo federal. A obra do 'Minha Casa, Minha Vida' que ele inaugurou, por exemplo, faz parte de um programa que ele acabou e criou outro que não fez nenhuma casa", afirma.
Renan Filho também fez questão de afirmar que, apesar da grande recepção montada por apoiadores, Maceió se dividiu e também registrou protestos contra a visita do presidente.
"Aqui houve divisão, ele não veio passear: foi alvo de protesto e ainda fez um gesto de 'ladrão' para as pessoas que estavam nas ruas. O estado resistiu, vale informar isso ao Brasil. E ele vai começar a ter uma resistência em todo canto com esse tom de violência, que marca muito o governo Bolsonaro."
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