Após racha com ACM Neto, Maia deve pedir desfiliação do DEM nesta sexta
O deputado federal e ex-presidente da Câmara Rodrigo Maia (RJ) deve pedir a desfiliação do DEM ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) hoje, informou a assessoria do parlamentar. A atitude acontece após meses de divergências com o comando do partido, presidido por ACM Neto.
O pedido de desfiliação deverá ser por justa causa, para que não perca o mandato de deputado.
Maia está no Democratas desde 2007, ano em que a sigla adotou o nome no lugar do PFL (Partido da Frente Liberal). Ele foi presidente do partido entre 2007 e 2011, além de presidente da Câmara de 2016 até o início deste ano, quando não conseguiu emplacar seu preferido à sucessão no posto, Baleia Rossi (MDB-SP).
O apoio de parte da cúpula do DEM ao seu principal rival, Arthur Lira (PP-AL), que ganhou a eleição interna à presidência da Câmara, foi justamente um dos motivos que levaram Maia a brigar com ACM Neto e decidir sair do DEM. Em fevereiro deste ano, ambos trocaram várias farpas públicas, apesar de já virem batendo de frente.
A intenção de Maia é fazer uma oposição ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido) mais veemente até as eleições de 2022. Há a possibilidade de ele ajudar na articulação de um nome de "terceira via" que se oponha ao atual mandatário e ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ou até mesmo apoiar Lula.
Atualmente, um dos principais governistas na CPI da Covid é um senador do DEM, Marcos Rogério (RO).
Maia ainda não anunciou a qual partido se filiará. Ele vem tendo conversas com o PSD, MDB e PSDB, por exemplo.
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