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Corpo de Bruno Covas é enterrado em Santos

Gabriela Varella e Leonardo Martins

Colaboração para o UOL, em São Paulo, e do UOL, em Santos (SP)

16/05/2021 14h32Atualizada em 17/05/2021 03h35

O corpo do prefeito licenciado de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), foi enterrado na noite de hoje na cidade de Santos. Bruno Covas morreu neste domingo depois de enfrentar um câncer desde 2019.

O sepultamento ocorreu no cemitério de Paquetá, na região central da cidade litorânea. O corpo de Covas foi enterrado ao lado dos restos mortais do avô Mario Covas, no jazigo da família, em cerimônia restrita a familiares e amigos.

O prefeito de Santos, Rogério Santos (PSDB), afirmou que Covas será homenageado com seu nome em lugares públicos da cidade.

Velório em São Paulo

O velório ocorreu no começo da tarde de hoje (16), na sede da Prefeitura de São Paulo, diante de poucos familiares e amigos devido à necessidade de se evitar aglomerações por causa da pandemia do coronavírus.

O caixão deixou o centro de São Paulo, por volta das 14h30, de onde seguiu em cortejo pela capital paulista e, depois, para Santos, cidade natal do prefeito. Levado em um carro do Corpo de Bombeiros, o caixão foi seguido por populares e passou por alguns dos pontos mais importantes da cidade de São Paulo, a exemplo da Avenida Paulista.

Depois de passar pela Paulista, o caixão foi colocado em um outro carro menor para seguir rumo a Santos.

Compareceram ao velório o filho de 15 anos, Tomás Covas; os pais do político, Pedro Lopes e Renata Covas Lopes; o irmão, Gustavo; e a ex-mulher do prefeito, Karen Ichiba. O governador paulista João Doria (PSDB) e a mulher, Bia, também acompanharam.

Outras autoridades, como o prefeito em exercício, Ricardo Nunes (MDB), e os secretários Gustavo Pires (Executivo) e Fernando Padula (Educação) também estiveram presentes, assim como o oncologista que tratou o prefeito, Túlio Pfiffer.

Ao entrar para o velório do prefeito, Doria disse ao UOL que visitou Covas no hospital na última segunda-feira (10) e que conversaram, principalmente, sobre política. "Acabou sendo nossa despedida. Ficamos uma hora e vinte juntos", disse.

"Covas mostrou como sempre sua grandeza. Sua preocupação com a cidade, com o povo, pensando no PSDB. Ele sempre foi renovador. Queria um futuro melhor. Falava [de política] com altivez, com tranquilidade".

Flores em frente à prefeitura

Do lado de fora, pouco antes de meio-dia, quando uma criança deixou um vaso de flores em frente à Prefeitura de São Paulo. "Bruno, descanse em paz", dizia o bilhete, com bonecos desenhados em traços infantis.

Lúcia de Fátima de Sousa se posicionou bem em frente ao prédio, com os olhos marejados e de braços dados com os dois filhos. Ela contou ao UOL que estava na casa de uma amiga quando soube da notícia, e decidiu se despedir do prefeito. "Eu gostava muito dele. Eu acompanhei toda a trajetória dele, o sofrimento. E ele sempre com muita fé, né? Hoje de manhã, quando eu soube da notícia, eu tinha saído. Eu pedia muito a Deus por ele", afirmou.

A militância do PSDB conversou com a reportagem do UOL enquanto organizava uma série de bandeiras para entregar ao público. O movimento prevê pelo menos 40 carros durante a cerimônia de despedida, mas não há previsão de quantas pessoas devem participar.

"Todos que participaram com ele na sua vida política devem comparecer para uma despedida. O Bruno era nossa liderança, aquilo que representava toda essa juventude do PSDB. Nós acreditávamos que o Bruno ainda tinha muito a fazer pela cidade de São Paulo e pelo Brasil. Ele era a liderança que chegaria à presidência da República", afirmou Dario José Barreto, subprefeito de Santana de Tucuruvi (SP), de 42 anos.

"Hoje estou sendo órfã duas vezes de Covas. Está sendo um baque muito grande. Perdi os dois Covas que eu mais acreditei na vida", afirmou a presidente do diretório da Lapa, Renata Benetton. Ela levava uma fitinha no braço, com o slogan da campanha de Covas em 2020: "força, foco e fé".

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