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Covas era fundamental para renovação do PSDB, diz governador do RS

Do UOL, no Rio e São Paulo

16/05/2021 12h21Atualizada em 16/05/2021 14h46

O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), disse em entrevista à GloboNews hoje (16) que o prefeito licenciado de São Paulo, Bruno Covas era "fundamental" para a renovação do partido. Covas morreu hoje de manhã no hospital Sírio-Libanês, na capital paulista, em decorrência de um câncer.

Segundo Leite, Covas deixa um legado de um político que conciliava a visão de um Estado moderno com inclusão.

"Esse legado vai ser deixado pelo Bruno, como alguém que conciliava a visão de um Estado moderno à visão de uma gestão propositiva e de inclusão", disse o governador do Rio Grande do Sul.

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João Doria (PSDB), governador de São Paulo, também se referiu a Bruno Covas como um símbolo da renovação do partido.

"Um jovem vibrante, que representava a juventude do PSDB. Sempre defendia a renovação e as transformações do partido. Um homem que pensava muito à frente do seu tempo. Pensava na transformação", disse, em entrevista à CNN Brasil.

Ele também defendeu a postura de Bruno Covas no enfrentamento à pandemia causada pelo coronavírus e ao negacionismo defendido pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido), segundo Doria.

Foi contra o negacionismo de Jair Bolsonaro. Defendeu a vida em São Paulo, adotando medidas difíceis, mas necessárias, para proteger a vida dos paulistanos

João Doria, governador de SP em entrevista à CNN Brasil

Doria disse também confiar na continuidade da gestão de Bruno Covas com Ricardo Nunes (MDB) à frente da Prefeitura de São Paulo. "Bruno montou uma grande equipe. Não tenho dúvida de que Ricardo saberá dar continuidade a esse legado deixado por Bruno Covas", disse Doria.

No Twitter, o ex-presidente da República Fernando Henrique Cardoso (PSDB) afirmou que, com a morte de Bruno Covas, São Paulo "perde um bom prefeito e o PSDB, um bom quadro."

O senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), figura histórica no partido, disse à GloboNews que a morte de Covas é uma "perda enorme" para a legenda. Segundo Tasso, Bruno Covas representava o "espírito fundador do PSDB" e era "uma referência para novas gerações de políticos".

Gilberto Kassab, presidente do PSD e ex-prefeito de São Paulo, via em Bruno Covas um contraponto ao governo federal e falou em gestão marcada pelo combate à pandemia.

"Ele quis fazer de São Paulo o contraponto da política que existe hoje em Brasília. Bruno não mediu esforços no combate à pandemia. Não teve nenhum constrangimento para tomar medidas duras. Mas via com clareza que a prioridade era o enfrentamento ao vírus. Espero que Ricardo Nunes siga dando prioridade a essa questão", disse à CNN Brasil.

Covas travou luta contra câncer

Bruno Covas estava em tratamento contra um câncer que surgiu entre o esôfago e o estômago, se espalhando por outras partes do corpo. O falecimento ocorreu às 8h20 e foi confirmado em nota pelos médicos Luiz Francisco Cardoso e Ângelo Fernandez, do hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, onde Covas estava internado.

De acordo com o comunicado, Covas morreu "em decorrência de um câncer da transição esôfago gástrica, com metástase ao diagnóstico, e suas complicações após longo período de tratamento."

O tucano estava no hospital desde 2 de maio. No dia seguinte, ele foi intubado e levado à UTI (Unidade de Terapia Intensiva) após ter diagnosticado um sangramento no local onde foi constatado o câncer pela primeira vez.

Ele permaneceu um dia na UTI e posou com o filho em 4 de maio para celebrar a melhora. Nos dias seguintes, recebeu as visitas do governador de São Paulo, João Doria (PSDB), e de Ricardo Nunes. Mas o quadro teve uma piora nesta sexta-feira (14) e Covas não resistiu, deixando um filho de 15 anos.

O corpo de Bruno Covas foi velado na sede da Prefeitura de São Paulo e será sepultado em sua cidade natal, Santos, no litoral paulista. A cerimônia será restrita aos familiares.