Ex-apoiador grita "fora, Bolsonaro" em ato a favor do presidente em SP
Um jovem de 18 anos subiu em um caminhão de som e gritou "fora, Bolsonaro" durante ato a favor do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), realizado no fim de semana, na Avenida Paulista, em São Paulo. O vídeo do momento inusitado circulou pelas redes sociais.
Nas imagens, Benjamin Pontes, que é membro da Academia MBL (Movimento Brasil Livre), responsável por formar lideranças políticas da direita liberal, aparece já em cima do caminhão com críticas ao presidente e, em seguida, solta o grito de "fora, Bolsonaro". Pessoas que estavam ao lado dele retiram o microfone de sua mão imediatamente. Surpreendido, um dos apoiadores do presidente diz: "O quê? O quê?" (Assista ao vídeo abaixo)
Ao UOL, Benjamin contou que gravava o primeiro vídeo para o seu canal, no YouTube, e que teve a ideia de fazer o protesto ao passar pelo caminhão porque, segundo ele, é um grito que "estava entalado na garganta".
"Eu votei nele [em Bolsonaro] em 2018, aos meus 16 anos. Rompi com ele ainda em 2019, pois vi que ele não representava nada do que o elegeu, além do ódio de uma minoria. Minoria esta que agora é o que eu chamo de 'gado fanatizado'. [O grito] estava entalado na minha garganta. ", afirmou o rapaz, que se autointitula "O Mago Liberal" nas redes sociais.
"Não vou dizer que me sinto arrependido, pois o que está feito, está feito. Entretanto, se as eleições fossem hoje, eu votaria nulo", completou, em seguida.
Após o grito de "fora, Bolsonaro" e ter o microfone retirado das mãos, Benjamin afirma que foi empurrado para fora do caminhão e que, por pouco, não bateu a cabeça no teto. Além disso, foi acusado de "comunista" e de um infiltrado do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra).
"Eles esperavam que eu fosse apoiá-lo. Quando caiu a ficha do que eu fiz, tratei logo de descer as escadinhas. Eu fui levemente empurrado, me desequilibrei e por pouco não bati a cabeça no teto. Depois disso, eles disseram que dois 'jovens comunistas' estavam badernando e pediram auxílio de PMs ali presentes".
Questionado se não sentiu receio de uma reação mais raivosa, o jovem diz: "A adrenalina estava tão grande, que nem senti medo. Seria covardia me calar perante 400 mil mortes e tantos atos antidemocráticos", concluiu ele, referindo-se a mortos em decorrência da pandemia de covid-19 e a atos antidemocráticos realizados por bolsonaristas.
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