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Nunes diz pensar como Covas e afirma não ser de extrema-direita

Prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, ao lado do secretário municipal de Saúde, Edson Aparecido - Lucas Borges Teixeira / UOL
Prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, ao lado do secretário municipal de Saúde, Edson Aparecido Imagem: Lucas Borges Teixeira / UOL

Lucas Borges Teixeira

Do UOL, em São Paulo

17/05/2021 09h31Atualizada em 17/05/2021 10h52

Em seu primeiro dia útil como prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB) afirmou hoje que não fará mudanças no secretariado e disse não ter divergências ideológicas com o ex-prefeito Bruno Covas (PSDB), morto ontem.

Nunes acompanhou a retomada da vacinação de grávidas e puérperas, no Allianz Parque, zona oeste da capital, a primeira agenda oficial após a morte de Covas. Ele focou o discurso nas similaridades com o ex-prefeito e não quis comentar sobre possíveis cenários eleitorais em 2022.

"A gestão [atual] é a gestão Bruno Covas. Não existe nenhuma mudança, nenhuma alteração", declarou Nunes, que disse ter ajudado a escolher parte do secretariado.

"Participei junto com o Bruno. Quando você foi lá votar tinha a foto do Bruno e a minha", declarou o prefeito, que voltou a dizer que a gestão é de Covas.

Ele estava em exercício no cargo desde o início de maio, quando o tucano se licenciou para tratar do câncer, e foi empossado ontem à tarde após a assinatura de um documento formal com a Mesa Diretora da Câmara Municipal. Ele passa a despachar na prefeitura a partir de hoje.

Nunes também negou que tivesse divergências ideológicas com o ex-prefeito, como indicaram alguns de seus colegas. Segundo ele, os dois tinham um pensamento "muito próximo". "Apesar do que muitos acabaram divulgando de forma diferente, minha escolha para vice foi muito pessoal do Bruno Covas", declarou Nunes.

Vejo alguém falar que sou de extrema-direita, não sei de onde tiraram essas colocações. É aquele pensamento igual ao do Bruno: defesa incondicional da democracia. A democracia é o principal legado que podemos ter.
Ricardo Nunes, prefeito de São Paulo

Quando questionado sobre uma sequência da união com o PSDB no ano que vem e possíveis apoios a João Doria para a presidência e Rodrigo Garcia no governo do estado, ele desconversou. Disse ter boa relação com a gestão, mas disse não falar de eleição um ano antes.