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Ernesto diz que iniciativas de Bolsonaro eram sistematicamente atacadas

Rayanne Albuquerque, Luciana Amaral e Hanrrikson de Andrade*

Do UOL, em São Paulo e em Brasília

18/05/2021 14h14Atualizada em 18/05/2021 14h55

O ex-chanceler Ernesto Araújo declarou hoje, em depoimento à CPI da Covid, que as ações do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) tem sido "sistematicamente atacadas" por correntes políticas a ele opostas e que em nenhum outro país existe uma "atmosfera de politização como no Brasil".

O ex-ministro das Relações Exteriores respondeu ao questionamento do senador Eduardo Girão (Podemos-SE) sobre haver, em algum outro país no mundo, uma "guerra política" no momento em que "todos deveriam estar unidos" para buscar soluções capazes de combater o avanço da pandemia.

Existe toda essa atmosfera de guerra política que a gente vê no Brasil hoje?
Senador Eduardo Girão (Podemos-SE)

Na sequência, Araújo respondeu afirmando que concorda com a perspectiva de Girão e disse que em muitos casos, há a impressão que somente no Brasil não há todas as vacinas necessárias e que "somente no Brasil nós temos determinados desafios".

Não vejo nenhum país onde tenha surgido uma atmosfera de, digamos, politização como no Brasil, uma atmosfera onde praticamente qualquer iniciativa mencionada pelo Presidente da República foi sistematicamente atacada por correntes políticas a ele opostas antes de se ter dado sobre o mérito científico, técnico dessas iniciativas
Ernesto Araújo, ex-ministro das Relações Exteriores

* Com a colaboração de Ana Carla Bermúdez

A CPI da Covid foi criada no Senado após determinação do Supremo. A comissão, formada por 11 senadores (maioria era independente ou de oposição), investigou ações e omissões do governo Bolsonaro na pandemia do coronavírus e repasses federais a estados e municípios. Teve duração de seis meses. Seu relatório final foi enviado ao Ministério Público para eventuais criminalizações.