Sakamoto: 'Pazuello copiou Bolsonaro e terceirizou responsabilidade na CPI'
O colunista do UOL Leonardo Sakamoto disse hoje durante o UOL News que, assim como o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello, que está depondo na CPI da Covid, terceirizou as responsabilidades da pasta para os estados e municípios.
"O ministro copiou o presidente Jair Bolsonaro no arremesso de responsabilidade a distância. Pazuello terceirizou e, além de imputar, contou novamente a mentira de que o Supremo Tribunal Federal teria impedido o governo federal de agir, dando todo o poder de articulação e de execução de política para os municípios e para os estados, o que é mentira. O Supremo Tribunal Federal apenas considerou que estados e municípios também devem participar da formulação", disse o colunista.
Para Sakamoto, o ex-ministro — que ficou mais tempo na pasta durante a pandemia da covid-19 — anunciou medidas feitas pela gestão no início da sua fala na CPI, no entanto, "pintou um Brasil que não existe".
Pazuello mentiu bastante. Pazuello contou uma realidade, pintou uma nova realidade dourada. Falou que disponibilizou testagens, mas não comentou que milhões delas apodreceram em um galpão em Guarulhos.
Leonardo Sakamoto no UOL News
Josias de Souza, também colunista do UOL, afirmou que o início da fala de Pazuello na CPI já mostra que o presidente "Bolsonaro conseguiu o que desejava, colocando seu general de estimação na coleira", de modo que o ex-ministro "reproduziu todo o lero-lero inicial" do governo federal, atribuindo a culpabilização pelas mortes de covid-19 aos municípios.
Souza declarou que é possível que Pazuello "tenha problemas" se seguir com a argumentação inicial no depoimento à CPI.
"Se ele [Pazuello] mantiver esse timbre, ele vai ter problemas, porque aqui estamos em uma CPI e ele está depondo, depondo protegido por um escudo ali do Supremo, mas ele está sob suspeição, em última análise ele está sob suspeição. Então, não dá para falar como general, ele tem que abaixar a bola dele."
A gestão de Pazuello durou entre 16 de maio de 2020 e 23 de março de 2021. O ex-ministro deve ser questionado ao longo do dia principalmente em relação ao agravamento da crise sanitária no Amazonas e a falta de oxigênio para os pacientes internados.
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