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Pazuello diz na CPI que Carlos Wizard apresentou conselho alternativo

Rayanne Albuquerque e Hanrrikson de Andrade*

Do UOL, em São Paulo e em Brasília

19/05/2021 11h59Atualizada em 20/05/2021 12h29

O ex-ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello, afirmou na manhã de hoje, em depoimento à CPI da Covid, que o empresário Carlos Wizard apresentou um conselho científico alternativo de voluntários para opinar sobre os assuntos relacionados à pandemia.

Na oitiva, o general disse que chegou a indicar o fundador ex-dono da franquia de idiomas para trabalhar na Secretaria de Ciência e Tecnologia, que é uma secretaria que mantém ligação com a parte civil e empresas.

Poderia ser uma boa relação. Mas ele não achou que conseguiria se desvencilhar da administração das empresas dele e achou melhor não entrar.
Eduardo Pazuello, ex-ministro da Saúde

As respostas foram dadas diante do questionamento do relator da Comissão Parlamentar de Inquérito, Renan Calheiros (MDB-AL) sobre uma entrevista dada por Wizard à TV Brasil, na qual ele afirmava ter passado um mês atuando, em Brasília, junto ao ministro Eduardo Pazuello.

Após tentar desviar da resposta, Pazuello deu uma resposta objetiva sobre o caso de Wizard: "Passou um mês conosco", disse o general ao colegiado.

* Colaborou Ana Carla Bermúdez

Errata: este conteúdo foi atualizado
Diferentemente do informado, Carlos Wizard não é mais do dono da franquia de idiomas que leva seu sobrenome. Em 2013. ele a vendeu para a Pearson, que desde então detém 100% do controle e gestão da marca. O texto foi corrigido

A CPI da Covid foi criada no Senado após determinação do Supremo. A comissão, formada por 11 senadores (maioria era independente ou de oposição), investigou ações e omissões do governo Bolsonaro na pandemia do coronavírus e repasses federais a estados e municípios. Teve duração de seis meses. Seu relatório final foi enviado ao Ministério Público para eventuais criminalizações.