CPI: 'É evidente a omissão do governo', diz Randolfe sobre compra de vacina
O vice-presidente da CPI da Covid, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) usou as redes sociais na manhã de hoje para acusar o governo federal de omissão diante das negociações da compra de vacinas com a farmacêutica Pfizer. O parlamentar alegou que mentiras foram contadas pelos depoentes mesmo "sob juramento" e que o colegiado está trabalhando para conter "os danos que causaram".
É evidente a omissão do Governo Federal no atraso da vacinação no país e, consequentemente, na perda de milhares de vidas p/ a COVID-19. Além de apontar mentiras contadas sob juramento na CPI. Estamos trabalhando p/ conter os danos que causaram!
Randolfe Rodrigues (Rede-AP), vice-presidente da CPI da Covid
O vice-presidente da CPI afirma que há documentos que comprovam que a Pfizer tentou dez vezes entrar em contato com o governo federal para negociar a venda das vacinas. A primeira tentativa previa o início da imunização em dezembro de 2020, com 1,5 milhão de doses e mais 3 milhões no primeiro trimestre de 2021, segundo o parlamentar.
A Comissão Parlamentar de Inquérito instalada no Senado investiga a conduta do governo federal no enfrentamento da pandemia e o repasse de verbas para estados e municípios.
Oposicionistas ao governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) também repercutiram a informação que foi divulgada pela Folha de São Paulo hoje. Na visão de Guilherme Boulos (PSOL), ex-candidato à Prefeitura de São Paulo, o atraso nas negociações reflete em uma política de "mortes planejadas" do governo federal.
Enquanto o deputado federal Orlando Silva (PCdoB) classificou como "inacreditável" as recusas do Brasil em negociar com a farmacêutica. "Inacreditável!!! O Brasil ignorou dez e-mails da Pfizer oferecendo vacinas em um mês O governo deliberadamente não fez nada para salvar vidas. Bolsonaro e Pazuello são os coveiros do Brasil!", escreveu o parlamentar nas redes sociais.
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