Bolsonaristas criticam aglomeração; esquerda celebra multidão de máscara
Protestos realizados hoje por grupos de esquerda contra o governo Jair Bolsonaro em todos os estados e no Distrito Federal foram criticados nas redes sociais por políticos de direita e apoiadores do presidente por promoverem aglomerações em várias capitais brasileiras.
Por outro lado, representantes da esquerda comemoram o uso massivo de máscaras, mesmo em grandes multidões.
A deputada estadual Alana Passos (PSL-RJ) usou sua conta no Twitter para criticar as aglomerações.
Já o também deputado estadual Bruno Engler (PRTB-MG) ironizou as aglomerações em post retuitado pelo senador Flávio Bolsonaro (sem partido), dando a entender que os protestos estavam esvaziados.
O argumento de Engler foi parecido com a da deputada federal Carla Zambelli (PSL-SP), que falou em hipocrisia dos movimentos de esquerda em afirmarem que haveria distanciamento social nas manifestações.
Esquerda valoriza máscaras
Do lado dos políticos que ajudaram a convocar os protestos, a deputada federal Gleisi Hoffmann (PT-PR), que é a presidente nacional do seu partido, afirmou que estavam todos de máscara na avenida Paulista, em São Paulo.
A deputada federal Jandira Feghali (PCdoB-RJ) publicou uma foto da manifestação do Rio de Janeiro.
O deputado federal José Guimarães (PT-CE) comparou o ato de hoje na capital paulista com o de menos de um mês atrás, em apoio a Bolsonaro.
Mais críticas aos protestos
Presidente do partido Novo de Florianópolis, Rafael Ary disse no Twitter que "movimentos de esquerda esquecem os riscos de aglomeração quando convém".
O ministro das Comunicações, Fábio Faria (PSD-RN), repostou a manchete do site Congresso em Foco, parceiro do UOL, para ironizar:
O vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) postou uma foto dos protestos e criticou:
As manifestações ocorreram em ao menos 20 capitais: São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Florianópolis, Porto Alegre, Belém, João Pessoa, Brasília, Salvador, Aracaju, Maceió, Teresina, Recife, Palmas, Porto Velho, São Luís, Fortaleza, Natal, Manaus e Vitória.
Os atos são organizados por grupos de esquerda, como a Frente Brasil Popular, Frente Povo sem Medo e o Povo na Rua. Segundo os organizadores, os atos ocorreram em 213 cidades no Brasil e 14 cidades no exterior, com a presença de mais de 420 mil pessoas.
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