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Bolsonaro volta a atacar CPI e provoca relator: Siga meu exemplo, Renan

24 jun. 2021 - Presidente Jair Bolsonaro (sem partido) participa de evento em Jucurutu, no interior do RN - Reprodução/TV Brasil
24 jun. 2021 - Presidente Jair Bolsonaro (sem partido) participa de evento em Jucurutu, no interior do RN Imagem: Reprodução/TV Brasil

Colaboração para o UOL

24/06/2021 16h33

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) voltou a atacar a CPI da Covid na tarde de hoje. Durante um evento em Jucurutu (RN), ele também mandou um recado ao relator da Comissão, o senador Renan Calheiros (MDB-AL).

"Siga o meu exemplo. Seja honesto, faça o que eu faço e venha para o meio do povo. [Renan Calheiros] não tem culhão para isso", afirmou o presidente, aos gritos de "Mito, Mito" dos apoiadores, após a declaração.

O presidente também disse, mais uma vez, que não fechou comércios e que defende a liberdade do povo. Afirmou, ainda, que apesar de ter "as armas na mão", em nenhum momento impôs o lockdown.

Além disso, em referência ao suposto esquema de corrupção envolvendo a compra da vacina contra covid-19 Covaxin, disse que "me acusam de quase tudo, até de comprar uma vacina que não chegou ao Brasil". Para o presidente, as acusações "são as armas que sobram".

Bolsonaro afirmou, também, que "não adianta inventar CPI para tentar me tirar do poder". De acordo com o presidente, sete dos senadores membros da Comissão dizem que ele não dá um bom exemplo.

"Que prazer olhar aqui uma imagem basicamente tomada pelas cores verde e amarela. Despertou o patriotismo no Brasil, o orgulho de ser brasileiro, a vontade de vencer, defendemos a liberdade, não queremos um povo escravizado. [Queremos um povo] cada vez mais livre para traçar seu destino. [Vocês têm um] presidente que acredita em Deus, presidente que respeita os militares. Vocês têm presidente que deve lealdade ao povo", disse.

A CPI da Covid foi criada no Senado após determinação do Supremo. A comissão, formada por 11 senadores (maioria era independente ou de oposição), investigou ações e omissões do governo Bolsonaro na pandemia do coronavírus e repasses federais a estados e municípios. Teve duração de seis meses. Seu relatório final foi enviado ao Ministério Público para eventuais criminalizações.