Saúde exonera servidor acusado de pedir propina de US$ 1 por dose de vacina
O governo federal exonerou Roberto Ferreira Dias, diretor de Logística do Ministério da Saúde. A decisão, anunciada na noite de ontem (29), foi publicada na edição de hoje (30) do DOU (Diário Oficial da União) e é assinada pelo ministro-chefe da Casa Civil, Luiz Eduardo Ramos.
Ainda de acordo com o ministério, a decisão foi tomada na manhã de ontem, antes da denúncia contra Dias vir à tona.
Roberto Dias é suspeito de pedir propina de US$ 1 por cada dose de vacina contra a covid-19 na negociação para compras de vacina AstraZeneca.
Dias foi nomeado na gestão do então ministro Luiz Henrique Mandetta. Seu nome foi uma indicação do deputado federal e atual líder do governo no Congresso, Ricardo Barros (PP-PR).
Barros, porém, nega que tenha interferido na nomeação. "Roberto Ferreira Dias teve sua nomeação no Ministério da Saúde no início da atual gestão presidencial, em 2019, quando não estava alinhado ao governo. Assim, repito, não é minha indicação. Desconheço totalmente a denúncia da Davati".
O servidor foi acusado por Paulo Dominguetti Pereira, representante da Davati Medical Supply, empresa que tentou negociar com o governo de Jair Bolsonaro a venda de 400 milhões de doses da vacina da AstraZeneca, de pedir propina de US$ 1 por cada dose adquirida. A denúncia foi feita em entrevista à Folha de S.Paulo.
O presidente da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Covid, Omar Aziz (PSD-AM) comentou a denúncia logo após sua publicação. Para o senador, as acusações são "fortes". Em seu Twitter, Aziz afirmou que Dominguetti será convocado para depor na comissão ainda esta semana.
O vice-presidente da CPI, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), também afirmou que apresentaria, junto com o senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE), requerimento para convocação de Paulo Dominguetti Pereira.
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