Empresa criada por Wizard diz ter posicionamento muito diferente de ex-dono
Durante o depoimento do empresário Carlos Wizard à CPI da Covid, em que ele decidiu permanecer em silêncio, apoiado por uma decisão do STF (Supremo Tribunal Federal), a Wizard by Pearson, empresa criada por ele, divulgou uma nota em que diz ter posicionamento "muito diferente" do ex-dono. Logo no título, a nota explica: "Nosso posicionamento é muito diferente de Carlos Martins".
"A Wizard by Pearson aproveita a oportunidade para se expressar em favor da vida, da saúde e da ciência", diz a nota. "Desde o início da pandemia, orientamos nossos franqueados e colaboradores sobre todas as medidas necessárias para respeitar a legislação e os protocolos sanitários vigentes, sempre buscando garantir a segurança de nossos professores, alunos, colaboradores e parceiros".
No comunicado, a empresa explica que em 2014 foi adquirida por um conglomerado de ensino de idiomas, "encerrando por completo qualquer vínculo entre a rede de escolas de idiomas e o seu ex-dono, o empresário Carlos Martins [Wizard]". "Um fato curioso é que hoje o empresário é concorrente da marca. [...] três anos depois de vender a Wizard para a Pearson, ele tornou-se sócio de outra rede de escolas de inglês".
Ao longo da pandemia, Wizard atuou como colaborador informal do Ministério da Saúde. o empresário é investigado pela CPI da Covid como suspeito de integrar o chamado "gabinete paralelo" de aconselhamento ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
Wizard leu nota, no início do depoimento, que era um dos mais aguardados pelos parlamentares, em que negava fazer parte do "gabinete paralelo". A seguir, evocou o direito de ficar calado. O relator da CPI, senador Renan Calheiros (MDB-AL), seguiu com as perguntas e exibiu vídeos em que o empresário declarava fazer aconselhamento à Saúde e a Bolsonaro.
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