Randolfe: CPI achou esquema monstruoso de corrupção e tentam desviar o foco
Randolfe Rodrigues, senador e vice-presidente da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Covid, afirmou hoje que o governo tenta desviar o foco, mas a comissão achou um "esquema monstruoso" de corrupção. Em entrevista à GloboNews após o fim da sessão de hoje da CPI, Randolfe comentou o depoimento de Luiz Paulo Dominguetti.
O policial confirmou as acusações de corrupção na compra de vacinas da AstraZeneca envolvendo o então diretor de logística do Ministério da Saúde que fez em entrevista à Folha de S.Paulo. Ele também afirmou que recebeu um áudio que supostamente envolveria o deputado Luis Miranda (DEM-DF), mas depois disse que pode ter sido induzido ao erro. Miranda, por sua vez, acusou na semana passada o líder do governo Ricardo Barros (PP-PR) de corrupção na compra de outra vacina, a Covaxin.
Pelo depoimento de hoje, nós percebemos que tem uma ação organizada para obstruir ou desviar o foco de onde essa CPI quer chegar. Isso nos traz a convicção que a CPI encontrou um esquema monstruoso de corrupção que estava em curso enquanto milhares de brasileiros estavam perdendo a vida", disse Randolfe.
O senador chamou o áudio mostrado por Dominguetti que acusava Luis Miranda de "Cavalo de Troia". "Claramente esse aspecto é uma ação organizada. Era um Cavalo de Troia sendo trazido para esta CPI para desacreditar os depoimentos dos irmãos Miranda".
Randolfe falou ainda que a cúpula da CPI acredita que nunca houve a possibilidade real de aquisição das 400 milhões de doses de vacina da AstraZeneca que estavam sendo negociadas entre Dominguetti e o diretor de logística Roberto Ferreira Dias.
A CPI não acredita de forma alguma que exista esse contrato de 400 milhões de doses da AstraZeneca. Isso é um golpe claramente aplicado por estelionatérios".
Randolfe Rodrigues (Rede-AP)
CPI ouvirá Roberto Dias Ferreira na próxima semana
No final da entrevista, Randolfe confirmou que a próxima sessão da comissão, na terça-feira (6) ouvirá Regina Célia Oliveira, servidora do Ministério da Saúde que foi citada durante o depoimento de Luis Miranda.
O senador também afirmou que provavelmente Roberto Dias Ferreira, o ex-diretor de logística que teria pedido um dólar por dose de propina na negociação de compra de vacinas, deve ser ouvido na próxima quarta.
Os depoimentos de quinta e sexta-feira da próxima semana ainda não foram confirmados.
Randolfe afirmou ainda que a CPI vai fazer uma acareação entre o Luiz Paulo Dominguetti, que depôs hoje, e Cristiano Carvalho, representante da Davati Medical Supply no Brasil, empresa que supostamente Dominguetti estava representando no jantar com os membros do Ministério da Saúde.
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