'Situação constrangedora', diz Aziz sobre caso de rachadinhas com Bolsonaro

O presidente da CPI da Covid, senador Omar Aziz (PSD-AM), disse hoje que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) colocou o Exército numa situação constrangedora após reportagem do UOL revelar envolvimento de um coronel da reserva no recolhimento de salários do antigo gabinete de Flávio Bolsonaro na Alerj (Assembleia Legislativa do Rio) —a reportagem aponta participação direta do presidente no esquema de rachadinhas.

"É mais uma denúncia muito séria. O presidente tem facilidade para colocar alguns oficiais do Exército numa situação muito difícil, situação constrangedora. Ele [Bolsonaro] tem que dar satisfações, espero que ele não agrida a repórter que fez a matéria", afirmou Omar Aziz ao UOL News.

O presidente da CPI, comissão que investiga a atuação do governo Bolsonaro durante a pandemia, inclusive um escândalo de propina na compra das vacinas Covaxin e AstraZeneca, ainda diz que o presidente "quando questionado sobre qualquer coisa de errado, não responde, agride".

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Se existe uma coisa asquerosa é tirar dinheiro do trabalhador."

Omar Aziz ao UOL News

Aziz ainda diz que o caso deve ser investigado pelo Ministério Público. "O próprio Bolsonaro tem que responder. Vou dar um conselho ao presidente: não vai fazer como [no caso] do deputado Luis Miranda, que invés de responder [sobre as acusações], atacou a CPI e outros órgãos de comunicação. Bolsonaro se esquiva com palavras de ódio superficiais que tem levado o Brasil ao fundo do poço".