Aziz diz que CPI da Covid quer ouvir representante da Davati essa semana
O presidente da CPI da Covid, Omar Aziz (PSD-AM) disse hoje que quer ouvir ainda essa semana o empresário Cristiano Alberto Carvalho, representante da empresa Davati Medical Supply no Brasil. O empresário desmentiu o depoimento de Luiz Paulo Dominguetti à CPI, dizendo que ele queria "aparecer".
"[A CPI]Tem a vontade de ouvir essa semana ainda o senhor Cristiano que criou toda essa celeuma em relação a ida desse senhor que esteve essa semana. Nós queremos saber o que motivou eles a fazerem isso, até tentar de uma forma muito desleal trazer um áudio pra desvirtuar e tentar fazer com que a CPI mudasse o rumo das investigações", disse em entrevista à GloboNews.
Aziz se refere ao áudio levado pro Dominguetti em que ele tentava incluir o deputado Luis Claudio Miranda (DEM-DF) nas supostas negociações de propina das vacinas. O deputado, por sua vez, afirmou que o áudio é antigo e se refere a luvas cirúrgicas.
A exibição do áudio causou bate-boca entre senadores da oposição e da base bolsonarista. O relator da CPI, Renan Calheiros (MDB-AL), pediu que o presidente Omar Aziz determinasse a apreensão do celular do depoente, enquanto os governistas pediram que o aparelho de Luis Miranda também fosse retido. Aziz disse que não poderia autorizar o pedido relativo ao parlamentar.
Os apoiadores do governo de Jair Bolsonaro chama as investigações da CPI de "circo", o que Aziz respondeu: "Circo foi feito com a vida das pessoas. Não houve interesse nenhum de comprar vacina de empresas sérias, [...] mais de 100 e-mail da Pfizer. E aí um reverendo marca uma reunião e vai na mesma hora se reunir com o Dominguetti".
E são as mesmas pessoas envolvidas. Os mesmos nomes da a covaxin, são os nomes da AstraZeneca via Davati.
"E um nome que a gente não pode esquecer é o senhor Cristiano, que tentou fazer com que a CPI perdesse o rumo da investigação, desqualificando o depoimento do senhor Luis Miranda"
Questionado sobre o indiciamento do relator da CPI, Renan Calheiros, feito ontem pela Polícia Federal seria uma tentativa de agir contra integrantes da comissão, Aziz diz achar que "em parte sim" e defendeu o relator.
"Indiciamento é nada. O inquérito ainda vai correr, o Ministério Público vai se posicionar, o ministro Supremo deverá se posicionar."
No senado o Renan tem a nossa solidariedade. Ele está firme na relatoria. Isso não vai nos intimidar. A gente recebe ameaças diárias.
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