'Já tá certo quem vai ser presidente. A gente vai deixar?', diz Bolsonaro
Mesmo sem qualquer indício de fraude eleitoral, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou hoje, em conversa com apoiadores na saída do Palácio da Alvorada, que "já está certo quem vai ser presidente ano que vem".
Bolsonaro não apresentou provas sobre a declaração e tampouco foi questionado sobre suas razões por quem o aguardava no "cercadinho" —local onde são recebidos os grupos de apoio. Na sequência, o presidente questionou: "A gente vai deixar entregar?".
As declarações de Bolsonaro acontecem um dia após o Datafolha divulgar dados sobre a queda de popularidade do presidente: agora, 51% dos entrevistados reprovam a sua gestão. Esse é o maior índice dos 13 levantamentos realizados pelo instituto desde que o Bolsonaro assumiu o governo, em 2019.
Hoje, novos dados sobre a corrida eleitoral para a Presidência da República do próximo ano foram divulgadas pelo Datafolha e mostram que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ampliou vantagem sobre Bolsonaro, marcando 58% das intenções de votos no segundo turno, contra 31% a favor do atual presidente.
Na pesquisa estimulada de primeiro turno, Lula aparece mais uma vez à frente, com 46% das intenções de voto, ante 25% do presidente. Já o ex-governador do Ceará Ciro Gomes (PDT) marca 8%.
O levantamento mais recente foi realizado na quarta (7) e quinta-feira (8). Ao todo, 2.074 eleitores foram ouvidos presencialmente pelo país. A margem de erro da pesquisa é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.
Bolsonaro volta a ameaçar as eleições de 2022
Sem indícios, o chefe do Executivo federal declarou que o atual sistema eletrônico é passível de fraudes e que é preciso implementar o voto impresso no Brasil.
Mais uma vez, Bolsonaro voltou a colocar em xeque as eleições com insinuações infundadas sobre haver fraude nas atuais urnas para derrotá-lo no pleito de 2022.
Não tenho medo de eleições, entrego a faixa a quem ganhar, no voto auditável e confiável. Dessa forma, corremos risco de não termos eleições ano que vem. Futuro de vocês que está em jogo
Jair Bolsonaro
Bolsonaro ainda criticou a posição contrária ao voto impresso do presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), ministro Luís Roberto Barroso.
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