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É um mensalão turbinado, diz Villa sobre suspeitas de corrupção na Saúde

Colaboração para o UOL

19/07/2021 12h33

O historiador e youtuber Marco Antonio Villa falou hoje sobre as suspeitas de corrupção no Ministério da Saúde. Para ele, o caso é "um esquema de corrupção nunca visto" e pode ser definido como um "mensalão turbinado".

"É inacreditável a estrutura. E sempre passa pelo nome do Ricardo Barros, é incrível. Parece que o carimbo tem que ser de Ricardo Barros senão o esquema, segundo as denúncias, não se completa", comentou, em participação no UOL News da tarde de hoje.

Hoje, o UOL mostrou que a CPI da Covid tem uma nova linha de investigação, ligada à denúncia de pagamentos irregulares mensais de até R$ 296 mil a políticos e servidores ligados ao Ministério da Saúde.

Entre os beneficiados do esquema, estaria o deputado federal Ricardo Barros (PP-PR). De acordo com a denúncia feita por senadores da comissão, o suposto esquema começou ainda em 2018, durante a gestão de Barros na pasta. O ex-ministro e atual líder do governo na Câmara nega as acusações.

Para Marco Antonio Villa, a denúncia é gravíssima e precisa ser averiguada. Por isso, ele elogia o trabalho da CPI e diz que estão errados aqueles que acreditam que o processo "vai acabar em pizza".

"A CPI tem desenvolvido muito bem o seu trabalho e tem apresentado a verdade. Hoje nem se fala mais em ministério paralelo, porque está mais que comprovado, TrateCov, e toda aquela tragédia. Hoje se fala da corrupção e do planejamento do governo em não comprar vacina porque queria receber propina", disse.

Para o historiador, os fatos levantados até aqui levam a um "esquema de corrupção nunca visto, na pior tragédia sanitária do Brasil". Villa salientou, ainda, que apesar das denúncias, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) "continua o mesmo" - em relação aos comportamentos e falas dos últimos dias.

"É uma farsa, para deslocar da questão central que a CPI está revelando. Esse esquema de corrupção do qual o presidente é partícipe. É uma grande quadrilha, não é um governo, é uma 'orcri'", afirmou.