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CPI ouve nesta semana intermediários que negociaram vacina, diz Aziz

14.jul.2021 - O presidente da CPI da Covid, senador Omar Aziz (PSD-AM), durante sessão da comissão - Jefferson Rudy/Agência Senado
14.jul.2021 - O presidente da CPI da Covid, senador Omar Aziz (PSD-AM), durante sessão da comissão Imagem: Jefferson Rudy/Agência Senado

Do UOL, em São Paulo

01/08/2021 23h46

A CPI da Covid volta do recesso parlamentar na terça-feira (3). Segundo o senador Omar Aziz (PSD-AM), presidente da comissão, a agenda desta semana prevê depoimentos de intermediários que teriam negociado com o governo federal o fornecimento de vacinas sem a autorização dos fabricantes.

Em entrevista à Globo News, o senador disse que, na terça, será ouvido o reverendo Amilton Gomes de Paula. Na quarta (4), o depoimento será do coronel Marcelo Blanco e, na quinta (5), do empresário Airton Antonio Soligo, conhecido como Airton Cascavel.

O reverendo Amilton Gomes de Paula é dirigente da Senah (Secretária Nacional de Assuntos Humanitários) e fez a ponte entre o governo e vendedores de vacina, segundo as investigações da CPI. Já o militar militar Marcelo Blanco teria presenciado um pedido de propina para compra de imunizantes da Covaxin.

Soligo é próximo do ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello, e teve uma atuação como homem forte da pasta.

Sobe o depoimento de Francisco Maximiano, sócio da Precisa Medicamentos, o presidente da CPI da Covid disse que ele viajou para a Índia um dia antes de seu depoimento para a CPI —que aconteceria em 26 de julho. "Mas o advogado dele mandou um documento se colocando à disposição a partir do dia 10 para ser ouvido na CPI", contou Aziz.

O senador acredita que Maximiano será ouvido dia 11, pois, de acordo com ele, outras pessoas ligadas à Precisa Medicamentos deverão prestar depoimento nos dias 10 e 12.

Sem apresentar detalhes, Aziz disse que a CPI já provou que houve crimes na gestão da pandemia de coronavírus. "Nós já conseguimos provar que houve crime contra a saúde pública e que houve crime contra a vida. Crime sanitário que é contra a saúde é imunização de rebanho defendida abertamente por deputados e defendida por pessoas aí do governo que levou a morte de muitas pessoas", disse.

A última sessão da CPI, antes do recesso de duas semanas, ocorreu em 15 de julho.