'Tenho procurado desviar do foco da CPI, mas dou informações', diz Queiroga
O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse hoje que não se preocupa com os trabalhos da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Covid e que tenta colaborar com os senadores. Queiroga é investigado pela comissão por possíveis omissões na condução do combate à pandemia de coronavírus.
Em entrevista à CNN Brasil, o ministro afastou a hipótese de que o alcance da CPI da Covid preocupa o governo federal. "Eu tenho procurado desviar desse foco da CPI", disse.
Diferente do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), porém, Queiroga fez um afago à comissão e se colocou de forma respeitosa ao afirmar que está "prestando todas as informações que os senadores requerem do Ministério da Saúde, que eu sei que eles estão cumprindo a sua elevada questão pública".
Queiroga já prestou depoimento duas vezes na CPI da Covid. Da primeira vez, no dia 6 de maio, senadores focaram principalmente em perguntas sobre a cloroquina, mas consideraram que o ministro foi contraditório e fugiu de responder alguns questionamentos.
A segunda vez foi no dia 8 de junho, quando os senadores concentraram as dúvidas em fatos mais recentes, como a realização da Copa América e a breve contratação da médica Luana Araújo.
Durante os depoimentos, Queiroga participou da CPI como testemunha, mas no dia 18 de junho passou à condição de investigado. Segundo Renan Calheiros (MDB-AL), relator da comissão, o ministro passou a essa condição por seu "depoimentos pífios".
Também pesa contra ele o fato de ter levado um "puxão de orelha" do diretor-presidente da OMS (Organização Mundial de Saúde), Tedros Adhanom, após ter cobrado da organização agilidade na entrega de vacinas adquiridas pelo consórcio Covax Facility.
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