Lira confirma votação da PEC do voto impresso na sessão de hoje do plenário
O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), confirmou que a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) do voto impresso será votada ainda hoje na sessão do plenário.
O parlamentar ratificou o discurso de que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) se comprometeu "a aceitar o resultado do plenário" —o texto já foi rejeitado pela comissão especial na última sexta-feira (6), por 23 votos a 11.
Lira disse esperar que haja um resultado final hoje, favorável ou não à mudança, que propõe anexar uma impressora na atual urna eletrônica, terá dificuldades de ser aprovado. Para ele, a definição é essencial para que outros temas mais importantes tenham mais atenção.
"Temos matérias muito mais importantes no Brasil, como as reformas, as questões sociais, as questões de pandemia, as questões de vacina, as questões de fome, as questões de emprego. E o assunto predominante é esse. O intuito de trazê-lo ao plenário é para que hoje nós tenhamos um resultado final desse assunto", disse, em entrevista a jornalistas ao chegar à Câmara, na tarde de hoje.
Para seja aprovada, uma PEC precisa de votos favoráveis de 3/5 dos parlamentares —ou 308 dos 517 deputados da Câmara. Se aprovada, ela passa por processo semelhante no Senado.
Lira declarou torcer para que "não haja vencidos nem vencedores", porque, na visão dele, essa é "uma matéria como outra qualquer".
Alguns líderes de partidos já afirmaram que o projeto defendido pelo governo e proposto pela deputada Bia Kicis (PSL-DF) terá dificuldades de ser aprovado.
Conforme mostrou o jornal Folha de S.Paulo, a oposição se articulou para falar com todas as lideranças de siglas de centro e de centro-direita para que a PEC seja derrotada por larga margem de votos. A intenção é de que o resultado seja uma resposta ao desfile militar realizado hoje em Brasília.
Com a possibilidade do fim do debate para este formato, pelo menos por enquanto, Lira espera conseguir um "acordo pacífico entre os Poderes" para "aumentar a auditagem das urnas".
Na visão do presidente da Câmara, será "benéfico para a democracia do país" a criação de um sistema mais claro, transparente e que tire as dúvidas da população.
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