Comandante diz que desfile militar em dia do voto impresso é 'coincidência'

O comandante da Marinha, almirante Almir Garnier, disse hoje que o desfile de tanques no mesmo dia em que a Câmara prevê votar a proposta do voto impresso é uma "coincidência de datas". A declaração foi dada em entrevista à GloboNews.

"Foi uma coincidência de datas, que nós não tínhamos como prever. Na verdade, o Congresso marcou na data que a gente já tinha programado. Então talvez isso é que tenha criado todo um pouco de ruído", afirmou o almirante.

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Ele ressaltou que as Forças Armadas são "extremamente cumpridoras da lei e da ordem" e afastou as críticas de que o desfile serviu para "intimidar" o Congresso. O desfile causou desconforto entre os parlamentares —a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) do voto impresso é uma bandeira do governo Jair Bolsonaro (sem partido).

"Quando se fala em tanque na rua, fala-se de outra coisa. Tanque na rua lembra tanque para conter manifestações... Não é nada disso. Houve uma passagem de um comboio e uma prestação de contas à sociedade, dando visibilidade ao exercício que está sendo conduzido, e tradicionalmente é conduzido", disse o almirante Garnier.

Evento inédito

O desfile de tanques de guerra blindados, em frente ao Planalto é um evento inédito. Ontem, Bolsonaro usou as redes sociais para convidar autoridades para acompanhar o evento. Hoje, no entanto, nenhum deles apareceu.

Entre os convidados estavam o presidente do STF, ministro Luiz Fux, o presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), ministro Luís Roberto Barroso, e o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL).

O chefe do Executivo federal estendeu o convite aos presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), do TCU (Tribunal de Contas da União), ministra Ana Arraes, do STJ, ministro Humberto Martins, e do TST (Tribunal Superior do Trabalho), ministra Maria Cristina Peduzzi. Também convidou deputados e senadores, dizendo que se "honraria" com a presença de cada um deles.

No entanto, ao lado de Bolsonaro hoje cedo foi visto o ministro da Defesa, Walter Braga Netto, e os chefes militares da Aeronáutica (Carlos de Almeida Baptista Júnior), Exército (Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira) e Marinha (Almir Garnier Santos).

Fotos do desfile de tanques e blindados por Brasília

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Jair Bolsonaro acompanha a passagem de desfile militar pelo Palácio do Planalto

ANTONIO MOLINA/FOTOARENA/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO

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Tanque desfila em frente ao Palácio do Planalto

ANTONIO MOLINA/FOTOARENA/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO

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Desfile de tanques e blindados passa pelo Palácio do Planalto, em Brasília

Adriano Machado/Reuters

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Desfile teve como premissa a entrega de convite para a Operação Formosa, da Marinha

ANTONIO MOLINA/FOTOARENA/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO

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Passagem de veículo militar pelo Palácio do Planalto, em Brasília, durante desfile de tanques

MARIANA ALVES/FUTURA PRESS/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO

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Tanque passa pela Esplanada dos Ministérios, em Brasília

MARIANA ALVES/FUTURA PRESS/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO

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Desfile de veículos militares blindados na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, na manhã de hoje

Gabriela Biló/Estadão Conteúdo

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Jair Bolsonaro, ao lado de chefes militares, recebe convite para participar da Operação Formosa

ANTONIO MOLINA/FOTOARENA/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO

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Bolsonaro conversa com ministro da Defesa, Walter Braga Netto, durante passagem de desfile de tanques em blindados por Brasília

ANTONIO MOLINA/FOTOARENA/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO

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Jair Bolsonaro ao lado de chefes militares enquanto assistia a desfile de tanques e blindados em Brasília

Adriano Machado/Reuters

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Desfile de blindados e tanques por Brasília gerou protestos de oposicionistas, que veem no ato uma tentativa do presidente em mostrar poder militar

FÁTIMA MEIRA/FUTURA PRESS/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO

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Tanques da Marinha durante desfile militar em Brasília

Adriano Machado/Reuters

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Manifestantes protestam com flores contra desfile de tanques e blindados em Brasília

Adriano Machado/Reuters

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Autoridades prendem manifestante que tentou impedir a passagem de veículos militares durante parada em frente ao Palácio do Planalto

Evaristo Sa/AFP