Líder da oposição diz que Bolsonaro não aceitará derrota do voto impresso
O líder da oposição na Câmara dos Deputados, Alessandro Molon (PSB-RJ) acredita que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) não aceitará a derrota do voto impresso para as eleições de 2022 e que as ameaças contra as instituições seguirão acontecendo.
As declarações do parlamentar ocorrem no mesmo dia em que a PEC (proposta de emenda à Constituição) 135/19, contra o voto eletrônico, irá para votação no plenário da Câmara.
Não espero que presidente vá aceitar resultado. Tenho absoluta certeza de que após derrota do voto impresso ele continuará atentando contra as instituições, atacando o congresso, o judiciário e tentando produzir o caos
Alessandro Molon
Para o líder da oposição, Bolsonaro é um "inconsequente sem compromisso com a democracia". A afirmativa foi dita em entrevista à CNN. A manutenção das críticas do presidente contra os três poderes deve ocorrer porque, na leitura de Molon, Bolsonaro já agiu dessa maneira.
Ao mesmo tempo, o deputado afirma que, caso o Congresso Federal aprove o voto impresso, a oposição irá aceitar e não encarará a decisão como "roubada".
Bolsonaro acompanha desfile de tanques de guerra
O presidente Jair Bolsonaro acompanhou hoje, ao lado dos chefes militares, a passagem de tanques de guerra pelo Palácio do Planalto, em Brasília. As imagens foram transmitidas em live realizada no Facebook.
Ontem, Bolsonaro usou as redes sociais para convidar autoridades para o desfile. Nenhuma compareceu. Entre eles estavam o presidente do STF, ministro Luiz Fux, o presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), ministro Luís Roberto Barroso, e o presidente da Câmara.
O desfile ocorre em um momento de forte tensão entre o governo Bolsonaro e o Poder Judiciário. Segundo nota da Marinha, "um comboio com veículos blindados, armamentos e outros meios da Força de Fuzileiros da Esquadra, que partiu do Rio de Janeiro, passará por Brasília" ao longo desta manhã.
O destino final foi o CIF (Campo de Instrução de Formosa), onde é feito anualmente, desde 1988, um grande treinamento da Marinha, a chamada Operação Formosa.
Ao lado de Bolsonaro estava o ministro da Defesa, Walter Braga Netto, e os chefes militares da Aeronáutica (Carlos de Almeida Baptista Júnior), Exército (Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira) e Marinha (Almir Garnier Santos).
O presidente e os militares estavam sem máscara, equipamento de proteção individual que protege contra a covid-19. Até o momento, o Brasil já ultrapassou mais de 564 mil mortes em decorrência da pandemia.
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