Entenda o que muda com a reforma eleitoral aprovada na Câmara
A Câmara dos Deputados aprovou hoje em segundo turno o texto-base da PEC (Proposta de Emenda à Constituição) da reforma eleitoral, de autoria de Renata Abreu (Pode-SP). Agora, a proposta vai ao Senado.
Para que as mudanças sejam consideradas válidas já para a eleição de 2022, o texto precisa passar por todas as esferas no máximo até outubro.
Coligações
Uma das principais mudanças previstas com a PEC é a volta das coligações partidárias, que foram extintas em votação no Senado em 2017, mas só passaram a não ser permitidas nas eleições do ano passado. Caso vire lei, partidos poderão voltar a formar alianças durante o processo eleitoral.
A volta das coligações acabou sendo um acordo do Parlamento, que permitiu a volta delas em troca da retirada do chamado "distritão" do projeto original, que previa que deputados fossem eleitos por maioria absoluta. Em um acordo, o parecer das coligações foi mantido, enquanto o distritão foi retirado.
A principal crítica em relação às coligações é que partidos, para ganhar mais tempo na propaganda eleitoral, se juntavam sem necessariamente considerar ideologias. Dessa forma, com a votação na coligação, acabam sendo eleitos deputados que não necessariamente têm os mesmos pensamentos políticos.
Fundo dobrado para negros e mulheres
Outra mudança importante é que voto em deputados negros e deputadas mulheres passem a ter peso dois para fins de distribuição dos recursos do Fundo Partidário e do Fundo Especial de Financiamento de Campanhas (Fundo Eleitoral) entre os partidos políticos.
Dessa forma, quem eleger mais negros e mulheres receberá mais fundos para financiamento de campanha, o que, na prática, pode fazer com que campanhas desses grupos sejam mais incentivadas e recebam mais apoio, aumentando assim a representatividade feminina e de negros no Congresso.
Participação popular
A proposta tem algumas diferenças sobre a participação da população em escolhas políticas. O texto-base diminui de 1 milhão para 100 mil o número mínimo de assinaturas para a apresentação na Câmara de uma lei de iniciativa popular.
A PEC também prevê a possibilidade da realização de plebiscitos durante as eleições, se seguidas determinadas condições.
Mudanças em datas e fidelidade partidária
A PEC também prevê algumas mudanças em relação a datas. Primeiro, o texto proíbe que eleições sejam marcadas em dias próximos a feriados prolongados. Além disso, também muda, a partir de 2027, a data de posse de presidentes, que passariam do dia 1º de janeiro para o dia 5 de janeiro. Para governadores e prefeitos, a posse será em 6 de janeiro.
O substitutivo prevê também que deputados (federais e estaduais) e vereadores percam o mandato em caso de desfiliação da legenda, exceto quando houver um acordo entre as duas partes ou em situações de justa causa estipuladas em lei.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.