Após pedido contra Moraes, Barroso recomenda música de Chico Buarque
Após pedido de impeachment, protocolado no Senado pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) contra o ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), o ministro Luís Roberto Barroso postou nas redes sociais uma mensagem de reflexão e recomendou aos seguidores a música "Vai passar", de Chico Buarque.
"Dicas da semana: Um texto: Plano Cohen, CPDOC; Um pensamento: 'O que mais preocupa não é o grito dos violentos, dos corruptos e dos sem ética, mas o silêncio dos bons". M. Luther King; Uma música: Vai passar, Chico Buarque", escreveu ele, na mensagem.
O Plano Cohen —citado por Barroso nas redes sociais— é um documento que foi divulgado pelo governo brasileiro, no ano de 1937. O suposto documento informava que os comunistas iriam causar tumultos entre operários e estudantes, causariam incêndios em casas e prédios públicos, manifestações populares a fim de saquear e depredar patrimônios, eliminariam autoridades civis e militares que se opusessem aos atos e por fim, exigiriam a liberdade de presos políticos.
Já em relação à música "Vai passar", do cantor e compositor Chico Buarque, que chegou a ficar 14 meses exilado na Itália durante o período da ditadura militar, trecho da letra diz: "Num tempo | Página infeliz da nossa história | Passagem desbotada na memória | Das nossas novas gerações | Dormia | A nossa pátria mãe tão distraída | Sem perceber que era subtraída | Em tenebrosas transações"
Barroso utiliza as redes sociais para dar dicas culturais, todas as sextas-feiras, aos seus mais de 270 mil seguidores no Twitter, mas, recentemente, tem usado isso também para mandar indiretas ao presidente Jair Bolsonaro.
Bolsonaro ataca Moraes e Barroso
Um dia após a prisão de Roberto Jefferson, seu aliado político, o presidente Jair Bolsonaro reagiu ameaçando levar ao Senado um pedido de abertura de processo contra os dois ministros: Alexandre de Moraes, que determinou a prisão de Jefferson, e de Barroso, ministro do STF e presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), alvo de ataques constantes do chefe do Executivo.
No pedido de hoje, no entanto, Bolsonaro não incluiu o nome de Barroso.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.