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Políticos comentam operação com alvos em Sérgio Reis e Otoni: 'grande dia'

Do UOL, em São Paulo

20/08/2021 08h45Atualizada em 20/08/2021 10h58

A operação da PF (Polícia Federal), que tem entre os alvos o cantor Sérgio Reis e o deputado federal bolsonarista Otoni de Paula (PSC-RJ), está repercutindo entre os políticos nas redes sociais. Conforme apuração do UOL, a PF (Polícia Federal) cumpre na manhã de hoje mandados de busca e apreensão, autorizados pelo STF (Supremo Tribunal Federal).

Segundo a Polícia Federal, o objetivo das ações contra o parlamentar e Sérgio Reis é apurar o eventual cometimento do crime de "incitar a população, através das redes sociais, a praticar atos violentos e ameaçadores contra a Democracia, o Estado de Direito e suas Instituições, bem como contra os membros dos Poderes".

Entre os comentários está o do filho do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), que chamou os dois principais alvos da ação de "vítimas". Já políticos da oposição comemoraram a operação.

"Sérgio Reis e pelo menos o Deputado Otoni de Paula neste momento sendo vítimas de mandado de busca e apreensão ordenada por Alexandre de Moraes", escreveu Eduardo.

O deputado federal Marcelo Freixo (PSB-RJ) comemorou a operação e disse que está "chegando a vez" do vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), também filho do chefe do Executivo.

"Tá chegando a sua vez, Carlos Bolsonaro! Grande dia!", declarou.

Posteriormente, Freixo publicou mais um tuíte sobre a operação: "A operação realizada pela PF contra o deputado Otoni de Paula e Sérgio Reis foi solicitada pela Procuradoria Geral da República e autorizada pelo STF. Incitar a violência contra autoridades públicas e a subversão da ordem democrática não é liberdade de expressão. É crime".

O deputado federal Orlando Silva (PCdoB-SP) também comentou o caso. "Antes que alguém se apresse em xingar o Supremo, foi Augusto Aras, o PGR do coração de Bolsonaro, que pediu as medidas contra Sérgio Reis e Otoni de Paula."

O deputado federal e vice-líder do governo na Câmara, José Medeiros (Podemos-MT), demonstrou solidariedade aos alvos da operação.

"Faltou coragem para prender o @OtoniDepFederal mas mostrou os dentes. Minha solidariedade ao deputado."

Operação

A PF (Polícia Federal) cumpriu na manhã de hoje mandados de busca e apreensão, autorizados pelo STF (Supremo Tribunal Federal).

Os mandados, que foram expedidos pelo ministro Alexandre de Moraes, estão sendo cumpridos no Distrito Federal, além dos estados do Ceará, Mato Grosso, Paraná, Santa Catarina, São Paulo e Rio de Janeiro.

Agentes da PF estiveram em endereços ligados ao cantor e ao deputado, incluindo seu gabinete na Câmara. Em vídeo divulgado nas redes sociais, o parlamentar disse que não vai recuar e "deixar de falar o que pensa".

Em uma mensagem aos apoiadores e à imprensa compartilhada no Facebook, Otoni de Paula afirmou que "dentro do que a democracia permite" ele manterá a postura que tem e que não acredita que poderá ser preso por não ter feito nada que o possa incriminar.

De acordo com o deputado, a polícia não encontrou dinheiro escondido ou joias para serem apreendidas em sua residência.

'Não, eu não fiz nada para ser preso, ok? Claro que nós estamos vivendo em um estado de exceção no Brasil, é claro, portanto em um estado de exceção você pode ser preso", afirmou.

O UOL procurou a assessoria de imprensa de Reis e aguarda retorno.