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'CPI evitou que país sofresse golpe de R$ 1 bi com vacina', diz senador

Colaboração para o UOL

27/08/2021 12h55

O senador Humberto Costa (PT-PE) disse que há indícios de um grande esquema de corrupção no Ministério da Saúde, especialmente no que se trata da tentativa de compra da vacina contra o coronavírus, Covaxin. A avaliação dele, que participa da CPI da Covid, é que o trabalho da comissão e a pressão da população brasileira criaram movimentos contra o governo de Jair Bolsonaro (sem partido).

"Ele é presidente sem qualquer noção da relevância do cargo, não está à altura do papel que a população confiou a ele. Falta, inclusive, educação doméstica elementar", disse ao UOL News sobre a fala de Bolsonaro incentivando o povo a comprar fuzil em vez de feijão, em meio ao aumento de preços e crise de fome no Brasil.

"Pela CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) e pressão da população, evitamos que o país sofresse golpe de R$ 1 bilhão na aquisição dessa vacina indiana, a Covaxin, pela Precisa", afirmou. Outro achado da CPI, para o senador, é "mostrar a realidade paralela" do bolsonarismo.

"Vai ficando claro que havia um esquema pesado no Ministério da Saúde que não deu certo, mas representou tentativa, sendo uma que envolve corrupção ativa e passiva é crime e as pessoas precisam responder", falou.

Eleições 2022

Para o pleito de 2022, Humberto Costa prevê que haverá um "racha" dentro dos próprios partidos. As pesquisas apontam um segundo turno entre Lula (PT) e Bolsonaro para o cargo de presidente.

Os conflitos, na visão do senador petista, devem ocorrer especialmente com os alinhados ao Centrão, porque quem "apoiar outro (que não seja Lula) à presidência terá dificuldades em viabilizar a campanha por questão nacional e também estadual".

Costa não descarta a possibilidade de uma terceira via para bater de frente com Lula e Bolsonaro, mas "o problema é ter um nome capaz de crescer e polarizar" os outros dois.

Até onde vai esse desgaste de Bolsonaro e qual o tamanho do bolsonarismo raiz? Não sabemos se chegou ao piso em termos de votação. Se chegou, ainda é um nome competitivo, mas se ele pode perder apoio, então podemos ter até uma disputa pesada pelo segundo turno. Não considero Lula garantido no segundo, mas é possibilidade concreta".
Humberto Costa