Talibã critica Estados Unidos por ataque aéreo com drone no Afeganistão
Um representante do Talibã criticou o governo dos Estados Unidos por ter realizado um ataque aéreo em Cabul, capital do Afeganistão, na manhã de hoje (29).
Abdulhaq Wasiq, um dos integrantes da cúpula do grupo extremista que tomou o poder no Afeganistão, disse à TV Tolo News que os americanos violaram o acordo negociado com o Talibã ao fazer o ataque.
Segundo o Comando Central dos Estados Unidos —órgão vinculado ao Departamento de Defesa responsável por operações militares no Grande Oriente Médio e em parte da Ásia— um drone foi usado para bombardear um carro-bomba que terroristas do Estado Islâmico pretendiam explodir no Aeroporto Internacional de Cabul.
Fontes locais, contudo, dizem que houve baixas civis no ataque, algo que os Estados Unidos não admitem até o momento. De acordo com o jornal britânico "The Guardian", ao menos um civil morreu em função do ataque.
Segundo Wasiq, os Estados Unidos desrespeitaram o compromisso de não interferir em questões afegãs após a retirada de suas tropas do país.
"Nós assinamos um acordo com os americanos em Doha [no Catar] e esse ataque o viola. Conforme o acordo, eles não estão autorizados a interferir em questões afegãs após a retirada", disse o representante do grupo fundamentalista.
O representante do Talibã ainda afirmou que os Estados Unidos dão importância excessiva ao grupo terrorista Estado Islâmico —o braço afegão dos terroristas reivindicou a autoria do ataque no Aeroporto Internacional de Cabul, na semana passada.
"O mundo fez o Estado Islâmico ser importante. O Estado Islâmico não sobreviverá no Afeganistão", disse Wasiq.
* Com agências internacionais
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