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Dilma chega a São Paulo para passar por cateterismo, previsto para amanhã

Dilma Rousseff vai ser internada amanhã no Hospital Sírio-Libanês para ser submetida a exames no coração - Reprodução/Instagram
Dilma Rousseff vai ser internada amanhã no Hospital Sírio-Libanês para ser submetida a exames no coração Imagem: Reprodução/Instagram

Anaís Motta

Do UOL, em São Paulo

31/08/2021 15h29Atualizada em 31/08/2021 22h33

A ex-presidente Dilma Rousseff (PT) chegou ontem a São Paulo para fazer exames no coração, segundo informado ao UOL por sua assessoria de imprensa. Ela vai ser internada amanhã no Hospital Sírio-Libanês, na região central da capital paulista, onde deve passar por um procedimento de cateterismo.

Em maio deste ano, Dilma já havia sido internada no Hospital Moinho de Ventos, em Porto Alegre — onde mora —, após sentir um "mal-estar", também de acordo com sua assessoria. A ex-presidente passou por uma bateria de exames, que não apontaram problemas, e voltou para casa no dia seguinte.

O cateterismo tem duas funções, segundo explicou ao VivaBem Leopoldo Piegas, cardiologista do HCor. Primeiro, é usado como um exame, geralmente para diagnosticar doenças nas artérias coronárias. Depois, se identificada alguma lesão, o procedimento leva o stent, espécie de mola metálica que mantém as paredes da artéria abertas, até o local em que há obstrução.

"O cateterismo é como um exame de sangue, ou seja, um termo utilizado para fazermos uma avaliação interna, no caso, do coração", disse Piegas, em 2019.

Como é o cateterismo

No cateterismo, um cardiologista intervencionista faz uma pequena incisão no punho ou na virilha do paciente e insere um cateter que percorre um vaso sanguíneo até chegar ao coração. Tudo é feito com a ajuda de uma técnica de imagem similar ao raio-X, chamada fluoroscopia.

Ao chegar ao local, o cateter injeta um contraste, que mostra a artéria por dentro. Lá, são diagnosticadas eventuais lesões. "Normalmente é uma placa de gordura que se rompe e forma um coágulo, uma trombose coronária", acrescentou Leopoldo Piegas.

Quando essa placa é pequena, não gera sintomas; mas, ao se romper, joga gordura na circulação sanguínea e o organismo forma um coágulo, que pode obstruir parcial ou totalmente a artéria.

Em qualquer das situações, se houver lesão grave, o médico usa o mesmo procedimento (cateterismo) para desobstruir a artéria. Ele então põe um cateter especial, com um stent na ponta, e leva até o local em que há o coágulo. Esse stent fica na artéria obstruída para sempre.

Angioplastia em 2018

Em dezembro de 2018, Dilma já havia sido internada no Sírio-Libanês para ser submetida a uma angioplastia, cirurgia para desobstrução de artérias do coração. Na ocasião, o procedimento foi realizado com sucesso e sem intercorrências, segundo boletim divulgado pelo hospital.

A angioplastia foi necessária após um cateterismo verificar possíveis entupimentos nas artérias que irrigam o coração. A ex-presidente foi internada no dia 11 daquele mês, tendo recebido alta dois dias depois.

(Com Agência Brasil e Estadão Conteúdo)