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Embaixada dos EUA alerta cidadãos por risco de conflito em atos de 7/9

Manifestação de militantes bolsonaristas pedindo golpe e fechamento do Congresso e do STF em maio deste ano - Sérgio Lima/AFP
Manifestação de militantes bolsonaristas pedindo golpe e fechamento do Congresso e do STF em maio deste ano Imagem: Sérgio Lima/AFP

Do UOL, em São Paulo

03/09/2021 15h38Atualizada em 03/09/2021 16h03

A Embaixada dos Estados Unidos no Brasil compartilhou hoje em suas redes sociais uma mensagem orientando os seus cidadãos a evitar as áreas próximas aos protestos programados para acontecer em diversas cidades do Brasil no dia 7 de setembro.

"Manifestações são esperadas para acontecer em grandes cidades em todo o Brasil na terça-feira, 7 de setembro", começa a mensagem. "A Embaixada dos Estados Unidos no Brasil alerta os cidadãos estadunidenses para evitar as áreas ao redor dos protestos e manifestações", completa.

O aviso compartilhado nas redes sociais ainda explica que "até as manifestações destinadas a ser pacíficas podem se tornar conflituosas".

Ontem, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse que estaria presente nos atos de Brasília e de São Paulo e tentou argumentar que a população que vai para a rua na terça está defendendo a democracia. "Ninguém precisa temer o 7 de setembro", disse o presidente em discurso no Palácio do Planalto.

No entanto, hoje ele voltou a atacar o STF (Supremo Tribunal Federal) e fazer ameaças golpistas. Na fala de hoje, Bolsonaro outra vez deu a entender que, se alguém jogar fora do que ele considera as quatro linhas da Constituição, poderá fazer o mesmo. Ele também disse que as manifestações de 7 de setembro seriam um "ultimato" para dois ministros do STF.

O presidente tem atacado repetidamente Luís Roberto Barroso, que também é presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) e se opõe ao voto impresso, e Alexandre de Moraes, de quem chegou a pedir o impeachment, que foi rejeitado pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG).

Além das pautas antidemocráticas, inspira cuidados o risco de confrontos entre manifestantes pró e anti governo. Em São Paulo, por exemplo, o governador João Doria havia proibido a realização de protestos contrários, mas a justiça deu aval para sua realização. Os críticos de Bolsonaro vão se encontrar no Vale do Anhangabaú, enquanto os defensores do presidente ficarão na Avenida Paulista. Apesar dos dois pontos serem distantes, há o medo de que eles se encontrem no caminho.