Onyx mantém tom crítico a ministros do STF ao explicar recuo de Bolsonaro
O ministro do Trabalho e Previdência, Onyx Lorenzoni, manteve o tom crítico a ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) ao explicar, em entrevista à Rádio Guaíba, a nota assinada por Jair Bolsonaro (sem partido) de recuo após estimular os atos de caráter golpista no dia 7 de setembro.
Na avaliação de Onyx, o movimento do presidente faz com que as atenções se voltem ao Supremo. Sem citar nomes, ele criticou decisões de ministros que em sua visão formam "fatores de desequilíbrio" no Brasil.
"A bola está com o Supremo, quem tirou o trem do trilho foi o Supremo por conta de algumas decisões de alguns de seus ministros. Agora cabe ao Supremo de novo colocar o trem no trilho", disse.
"O Supremo, pelas últimas decisões de alguns de seus membros e que espero que sejam revisadas, são fatores de desequilíbrio do Brasil. Cabe agora o STF encontrar de novo a tranquilidade, pacificação e a recuperação da institucional do país", completou.
Onyx ainda disse que a nota de recuo de Bolsonaro, criticada por boa parte de seus apoiadores, foi um "gesto de estadista" e "uma ação de estender a mão a todos os poderes" em uma conciliação.
Ele ainda criticou as reações do presidente do STF, Luiz Fux, e do presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), dizendo que eles foram beligerantes ao condenar a participação de Bolsonaro nos atos.
"Quando nós observamos a expressão corporal do presidente do STF (Luiz Fux) nós vimos ali um posicionamento beligerante, de confronto, de continuação de escalada de conflito constitucional. Barroso foi na mesma linha. Quem poderia fazer o gesto pela conciliação?", questionou.
O ministro ainda negou o caráter golpista dos atos de 7 de setembro e disse que a nota oficial divulgada ontem "desfaz essa narrativa".
Porém, Onyx ignora que o próprio presidente fez dois discursos a manifestantes com ameaças golpistas, dizendo inclusive que poderia não acatar decisões judiciais. Além disso, faixas pelo fechamento do Supremo e intervenção militar marcaram os atos.
"Tem uma parcela da população brasileira que quer uma intervenção militar, uma parcela que gostaria de ver quem sabe um banho de sangue, não é isso que queremos. Brasil precisa de paz, precisamos lutar para que dentro do jogo democrático possamos encontrar caminho seguro para o Brasil", disse Onyx.
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