Doria evoca vacina e preço do gás ao som de 'fora Bolsonaro'
O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), chegou no meio da tarde deste domingo (12) ao ato contra o governo de Jair Bolsonaro (sem partido) que acontece na Avenida Paulista. Sob gritos de "presidente", "vacina" e "fora Bolsonaro", Doria fez um discurso em que falou sobre defesa da democracia, imunização coletiva e resistência à ditadura militar.
"Foi São Paulo que foi buscar vacina, ao invés de comprar cloroquina, São Paulo que comprou vacina para salvar o Brasil", disse. "Vacina no braço e comida no prato", continuou.
Antes de discursar, em entrevista ao UOL, o governador minimizou o palco dividido com outras pretensas candidaturas à Presidência no próximo ano. Estavam presentes no ato organizado pelo MBL (Movimento Brasil Livre) e pelo Vem Pra Rua os ex-ministros Ciro Gomes (PDT) e Luiz Henrique Mandetta (DEM) e os senadores Alessandro Vieira (Cidadania) e Simone Tebet (DEM), todos prováveis candidatos nas eleições do ano que vem. Questionado sobre o evento servir de palanque antecipado, Doria discordou.
"Não vejo assim. Vejo a presença de todos no espírito democrático de defender a democracia", disse, acrescentando que deve se lançar como presidenciável do PSDB nas prévias, ainda este ano.
Doria acrescentou que o movimento desta tarde serve para pressionar o Congresso Nacional a pautar o impeachment de Bolsonaro.
"A força (para o impeachment) vem das ruas. Razões já existem. Crime de responsabilidade, mais de 130 pedidos de impeachment. É só o clamor das ruas", disse o governador.
No palco, Doria afirmou que viveu a ditadura militar e o exílio e regeu militantes que gritavam "democracia". Também discursou contra o preço do gás e repetiu diversas vezes "vamos mudar outra vez".
Confusão na chegada
Mais cedo, a chegada de Doria à manifestação foi marcada por uma confusão. Seguranças do MBL barraram a entrada do secretário de Justiça de São Paulo, Fernando José da Costa, ao trio elétrico levado ao ato. Costa teve a camisa rasgada.
Depois, dentro do trio, houve tumulto, mas assessores buscaram apaziguar a situação. Costa não quis comentar o episódio, e Doria minimizou o ocorrido afirmando ter sido um "mal-entendido".
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