Rio tem ato por impeachment de Bolsonaro, convocado por MBL e Vem pra Rua
Desde as 10h deste domingo (12), manifestantes contrários ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido) ocupam parte de uma das vias da avenida Atlântica, à beira da praia, em Copacabana, zona sul do Rio de Janeiro. Pedidos de impeachment faziam parte do coro do protesto. Dentre os presentes no ato, os ligados ao movimento Vem pra Rua também expressavam rejeição à candidatura do ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva nas eleições de 2022.
Eleitores que se dizem arrependidos e outros que afirmam ter votado nulo em 2018 compõem a manifestação, que começou disputando o espaço com banhistas e praticantes de esportes, em um dia em que a orla tem tradicionalmente uma pista fechada para a prática de atividades físicas.
Um dos organizadores é o movimento Vem pra Rua, que se declara contrário a Bolsonaro e Lula nas próximas eleições. É esse posicionamento, somado ao antagonismo histórico, que desmotivou boa parte dos movimentos sociais de esquerda a comparecem à manifestação.
Apoiadores do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva chegaram a mobilizar a militância na internet para desmobilizar os atos.
"O foco é uma terceira via. Aqui é realmente pela democracia, não como foi em 7 de setembro, que teve um discurso de uma falsa democracia", disse Rodrigo Chame, jornalista, um dos organizadores do protesto por parte do movimento Vem pra Rua. Ele é um dos que se dizem arrependidos de ter votado em Bolsonaro. O manifestante faz referência aos atos realizados em 7 de setembro, nos quais Bolsonaro fez ameaças golpistas.
Eu me arrependi. Ele protege o filho [o senador Flávio Bolsonaro, investigado por um suposto esquema de 'rachadinha'], não combate a corrupção. Colocou um [Roberto] Aras na PGR [Procuradoria-Geral da República], que é petista.
Rodrigo Charme, do Vem pra Rua, um dos organizadores
Por parte do MBL (Movimento Brasil Livre), há uma rejeição menor ao nome de Lula para 2022, segundo Leticia Arsênio, uma das organizadoras do protesto carioca.
Inicialmente, era 'nem Lula, nem Bolsonaro ', mas abrimos mão, porque partidos de esquerda se uniram ao movimento, como PSB, PDT, PCdoB, Cidadania. Copacabana é um palco de manifestações de direita e hoje é uma resposta à manifestação do dia 7. É um primeiro ato, pode não ter muita adesão, mas os próximos terão.
Leticia Arsênio, do MBL, um dos organizadores
Pessoalmente, Leticia afirma que também espera uma terceira via para as eleições à Presidência. "Anulei o voto na última eleição. Não voto no Lula, torço por um terceiro nome".
'Aqui não é direita nem esquerda, é fora Bolsonaro'
Diferentemente dos protestos organizados pela esquerda e por apoiadores de Bolsonaro, a manifestação desse domingo não tem coreografias nem músicas ou paródias sobre o presidente. No carro de som, as músicas vão da Legião Urbana e Gonzaguinha ao Hino Nacional. "Aqui não é direita nem esquerda, é fora Bolsonaro", discursam os organizadores.
O engenheiro Daniel Lupa levou um berrante à manifestação e virou atração. Em vários momentos, era abordado por outras pessoas, que pediam o objeto emprestado.
"É uma comédia e uma crítica, mas acabei aprendendo a tocar um pouco. Estou aqui porque quero o impeachment e a terceira via", afirmou.
A Polícia Militar e a Guarda Municipal fazem o policiamento do protesto, ainda sem estimativa de público até as 10h40.
Atos pelo país
Manifestantes também se reuniram em outros estados, como Minas Gerais, na Praça da Liberdade, em Belo Horizonte. Em São Luís do Maranhão, as pessoas protestaram contra Bolsonaro na avenida Litorânea, em um ato que durou cerca de duas horas na parte da manhã.
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