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Estimamos plena recuperação a Queiroga para ele voltar à CPI, diz Randolfe

Ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, na CPI da Covid - Adriano Machado/Reuters
Ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, na CPI da Covid Imagem: Adriano Machado/Reuters

Do UOL, em São Paulo

22/09/2021 00h17Atualizada em 22/09/2021 00h30

O vice-presidente da CPI da Covid, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), desejou hoje pronta recuperação ao ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, depois que ele testou positivo para covid-19, para remarcar o seu depoimento à comissão. Queiroga, que afirma já estar em isolamento, terá de enfrentar o período de quarentena em Nova York (EUA).

"A nossa luta é em defesa da vida! Estimamos uma plena e rápida recuperação ao Ministro da Saúde Marcelo Queiroga. Certos de que tudo correrá bem, estaremos esperando o Ministro para seu novo depoimento à CPI da Covid", escreveu Rodrigues.

No domingo, o relator Renan Calheiros (MDB-AL) chegou a dizer que a CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) iria ouvi-lo pela terceira vez. Uma nova data para o depoimento do ministro ainda não foi marcada.

Queiroga informou em entrevista à colunista Carla Araújo, do UOL, que testou positivo para covid-19, logo depois de participar da Assembleia-Geral da ONU (Organização das Nações Unidas), em Nova York, com restante da comitiva que acompanha o presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

Em telefonema, Queiroga disse que está sem sintomas, afirmou que passou hoje pelo evento da ONU e que ficará em Nova York por mais 14 dias, de quarentena. Bolsonaro embarcou na noite de hoje para o Brasil. O ministro afirmou que descobriu o resultado positivo ao fazer o teste para o retorno ao Brasil e que foi informado pelo presidente Jair Bolsonaro.

A CPI da Covid, criada no Senado após determinação do STF (Supremo Tribunal Federal), investiga ações e omissões do governo Bolsonaro na pandemia do coronavírus e repasses federais a estados e municípios.

Renan Calheiros decidiu adiar a apresentação do seu relatório, prevista inicialmente para sexta-feira, para que seja possível incluir informações dos dados da busca e apreensão realizada na semana passada em endereços da empresa Precisa Medicamentos.

No documento, devem ser incluídas novas informações sobre os casos da Precisa, que tentou vender a vacina indiana contra covid-19 Covaxin para o governo federal em negociações consideradas suspeitas, e sobre o plano de Saúde Prevent Senior.

Denúncias de funcionários apontam que a empresa fez testes de usos de medicamentos sem comprovação científica, como a cloroquina e a ivermectina, em pacientes idosos de covid-19 e escondeu mortes nos resultados. O suposto estudo da Prevent Senior foi propagandeado pelo presidente Jair Bolsonaro, seus filhos e seus apoiadores como uma prova de que o "tratamento precoce" funcionava.