Mandetta: Se novo partido entre DEM e PSL apoiar Bolsonaro, não estarei lá
O ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta (DEM) falou hoje sobre a fusão do partido com o PSL, e disse que não permanecerá caso a nova legenda apoie o presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
"Se for esse o caminho [apoio a Bolsonaro], pode ter certeza que eu não vou estar lá. Mas eu tenho toda a certeza de que não há a menor margem para esse tipo de caminhar", disse ele durante debate promovido pela Globo News com os também pré-candidatos à presidência Ciro Gomes (PDT) e Alessandro Vieira (Cidadania).
Para ele, as figuras mais alinhadas ao presidente vão se incomodar com a fusão e deixarão a nova sigla.
"Essas pessoas que ficaram dentro do governo, Democratas tem dois membros dentro do governo, com certeza estão muito desconfortáveis. Não há a menor possibilidade desse partido estar no palanque do Bolsonaro", continuou.
Tanto Mandetta quanto Ciro e Vieira se colocam como possíveis candidatos do que vem sendo chamado de "terceira via" — termo rejeitado por eles. Tentando encontrar esse espaço, os três criticaram hoje Bolsonaro e o ex-presidente Lula (PT).
Ciro e Mandetta compuseram governos que criticam
Questionado por ter composto o governo Bolsonaro como ministro da Saúde, Mandetta se justificou: "Hoje 600 mil vidas me separam de Bolsonaro. São 600 mil razões para eu dizer que as tomadas de decisões foram muito cruéis para o povo brasileiro".
Ciro também foi confrontado com o fato de ter composto e apoiado os governos petistas. Ele se justificou apontando que nunca foi do partido, que concorreu contra Lula nas eleições e que não tolerou o que discordava.
Fui ministro feliz da vida, não tenho arrependimento nenhum, foi um governo útil, importante, um bom governo para o Brasil, mas na sequência não aceitei mais. Meu afastamento vem público. Ciro Gomes, ex-governador do Ceará e ex-ministro da Integração Nacional
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