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Aziz chama Osmar Terra de 'fanfarrão' e diz a Flávio: 'Enganou teu pai'

Luciana Amaral e Sara Baptista

Do UOL, em Brasília e em São Paulo

29/09/2021 16h48Atualizada em 29/09/2021 17h08

O senador e presidente da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Covid, Omar Aziz (PSD-AM), chamou hoje o deputado federal Osmar Terra (MDB-RS) de "fanfarrão" e, voltando-se para Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ), falou que Terra enganou o presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

"O deputado Osmar Terra, que é um fanfarrão, que veio aqui e dizia que ia morrer 800 pessoas, mil pessoas, que vai estar indiciado na CPI", disse Aziz. A fala aconteceu em resposta ao depoente de hoje na comissão, o empresário Luciano Hang, que estava relatando uma espécie de parceria com Terra para questionar os números de casos de covid-19 no Brasil.

O presidente da CPI continuou criticando Hang: "o senhor é um propagador de fake news no Brasil. O senhor induziu as pessoas, por questões econômicas, à morte."

Neste momento, senadores reagiram e seguiu-se um tumulto na comissão, que foi interrompido pela insistência de Aziz. "Peraí, peraí, não dá para ver o fanfarrão aqui falar o que quer para os ouvidos dos bolsonaristas não, rapaz. Não!", disse o senador, desta vez chamando Hang de fanfarrão.

Ele então voltou a usar o adjetivo para se referir a Osmar Terra, que é próximo do presidente Jair Bolsonaro e foi, ao longo do primeiro ano do mandato, ministro da Cidadania. "É fanfarrão. O Osmar Terra é fanfarrão".

Virando-se para Flávio Bolsonaro, completou: "Enganou o teu pai, enganou o teu pai. Ele enganou o teu pai, ele disse para o ter pai que iam morrer 800 pessoas".

Omar Aziz foi rebatido por Flávio, que falou fora do microfone: "Não enganou ninguém".

A CPI da Covid foi criada no Senado após determinação do Supremo. A comissão, formada por 11 senadores (maioria era independente ou de oposição), investigou ações e omissões do governo Bolsonaro na pandemia do coronavírus e repasses federais a estados e municípios. Teve duração de seis meses. Seu relatório final foi enviado ao Ministério Público para eventuais criminalizações.