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Holiday diz que seu maior arrependimento foi ter apoiado Bolsonaro

Fernando Holiday diz que não se arrepende de ter apoiado impeachment de Dilma Rousseff - Reprodução
Fernando Holiday diz que não se arrepende de ter apoiado impeachment de Dilma Rousseff Imagem: Reprodução

Do UOL, em São Paulo

30/09/2021 09h26

O vereador de São Paulo Fernando Holiday (Novo-SP) disse, em entrevista ao podcast Mano a Mano, que seu maior arrependimento na carreira política foi ter apoiado o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) já no primeiro turno das eleições de 2018.

Conhecido também por sua oposição aos governos petistas, Holiday ainda disse que mantém sua opinião em relação ao impeachment de Dilma Rousseff, embora não acredite que a ex-presidente fosse corrupta. Dilma foi cassada por crime de responsabilidade em relação a medidas fiscais.

"Sim [continua sendo a favor do impeachment da Dilma]. Acho que o governo Temer conseguiu trazer alguns avanços, poderia ter trazido muito mais, mas o grande prejuízo e talvez o meu grande arrependimento até aqui não tenha sido nem o impeachment, esse acho que fiz corretamente, mas o apoio ao Bolsonaro no primeiro turno nas eleições de 2018", disse.

"Sinceramente nunca achei que a Dilma propriamente tivesse organizado algum esquema de corrupção ou talvez participado, mas eu sempre tive uma convicção muito grande de que o governo dela permitiu que grandes esquemas acontecessem. E esses esquemas, a meu ver, não eram só de políticos que roubavam e enchiam o bolso, isso todos os governos tiveram desde que Brasil é Brasil", completou.

Holiday acredita que o impeachment de Dilma foi benéfico ao Brasil. "A grande diferença, que eu também vi no governo Lula, é que a corrupção no governo petista buscava corromper o poder legislativo e o resultado disso era, portanto, subverter o sistema democrático. A meu ver isso foi comprovado e nesse sentido acredito que o impeachment dela foi um benefício para o Brasil", disse.

Direita liberal

Questionado pelo entrevistador, o músico Mano Brown, sobre como se definia politicamente, Holiday disse que era de "direita liberal".

"No começo falava apenas que era de direita, mas com o crescimento do bolsonarismo ficou parecendo que tudo era direita era Bolsonaro", disse.

Ele apresentou uma definição do que considera ser de direita liberal. "É uma direita que acredita que o Estado brasileiro é muito grande, a gente precisa se desfazer de algumas coisas, empresas estatais e cargos públicos que tem aos montes, e com essa diminuição poderíamos focar no que é essencial: investimento em saúde, educação, seguranças e desenvolvimento social. A partir deste investimento, conseguimos trazer mais qualidade de vida", explicou.

Sobre a sua ruptura com o bolsonarismo durante o primeiro ano de mandato, Holiday disse que Bolsonaro gosta de incentivar "uma minoria radicalizada que está disposta a fazer tudo para defender ele e a família dele".

"O grande poder [do bolsonarismo] é a difamação nas redes sociais. A partir das redes sociais eles querem difamar e inventar coisas sobre quaisquer adversários dele", disse.