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CPI: Anvisa envia nota, e Randolfe desmente ao vivo empresário bolsonarista

"Quando a sua opinião compromete a saúde de todos, isso não é liberdade de opinião. Isso é crime", disse Randolfe a depoente - Edilson Rodrigues/Agência Senado
"Quando a sua opinião compromete a saúde de todos, isso não é liberdade de opinião. Isso é crime", disse Randolfe a depoente Imagem: Edilson Rodrigues/Agência Senado

Colaboração para o UOL

30/09/2021 21h28Atualizada em 30/09/2021 22h38

O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), vice-presidente da CPI da Covid, desmentiu ao vivo falas antivacinas do empresário bolsonarista Otávio Oscar Fakhoury no depoimento de hoje. O parlamentar recebeu, durante a sessão da CPI, uma nota da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e a usou para rebater o depoente.

Fakhoury, que depôs por suspeita de financiar fake news na pandemia, afirmou que os imunizantes aprovados pela Anvisa estavam em "estágio experimental" — o empresário relatou que ele e sua família ainda não se vacinaram contra a covid-19.

A Anvisa, então, enviou nota à comissão assegurando que as vacinas em uso no Brasil "não são experimentais".

"Todas tiveram seus dados de eficácia e segurança avaliados e aprovados pela Anvisa, garantindo o seu uso dentro das indicações aprovadas", diz o órgão na nota que foi lida por Randolfe.

"Todas as vacinas em uso no Brasil tiveram condução de estudo de fase 3 de pesquisa clínica e já encerraram esta etapa. Nenhuma vacina em uso no país foi dispensada de apresentação de dados de fase 3 da pesquisa clínica. Outros estudos adicionais podem e são conduzidos para aspectos específicos como, exemplo, ampliação de público", completa a agência.

O empresário bolsonarista também criticou o uso de máscara, distanciamento social e outras medidas protetivas. As posições de Fakhoury causaram debate entre os senadores.

"Quando a sua opinião compromete a saúde de todos, isso não é liberdade de opinião. Isso é crime", rebateu Randolfe, após uma das falas do depoente.