Maria do Rosário: 'Manifestações não serão focadas em números'
A deputada federal Maria do Rosário (PT-RS) afirmou que as manifestações programadas para acontecer amanhã em várias cidades do Brasil contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) "não serão focadas em números" de participantes. Em entrevista ao UOL News, a parlamentar avaliou que os atos "têm um símbolo importante", sobretudo pelo foco na defesa da democracia e por unirem diversos partidos em uma "aliança".
"As manifestações têm um símbolo importante. Não podemos prever o tamanho, mas elas estão convocadas por um espectro mais amplo e fazem uma interação dos que querem a democracia no Brasil", declarou. "Não quero arriscar números, dizer que será grande, até porque ainda estamos em uma pandemia e muitas pessoas não têm dinheiro para pagar passagem", completou.
No UOL News, a parlamentar, ao ser questionada se o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva também participará dos atos, contou não saber se ele comparecerá, mas disse ter certeza que ele "apoia" e "reconhece" os atos.
Para a deputada, as atuais circunstâncias dos ataques feitos pelo governo à democracia não se dão apenas nas investidas contra os demais poderes, notadamente o STF (Supremo Tribunal Federal) e o TSE (Tribunal Superior Eleitoral), mas também no aspecto social, com o empobrecimento da população e o aumento da miséria.
"[Temos hoje] 110 milhões de pessoas em insegurança alimentar, não há um governo para produzir a mediação que leve ao desenvolvimento de todo o Brasil. Está se naturalizando a morte, a exclusão e a fome, e esses são aspectos que atingem tanto a democracia quanto os ataques institucionais. A democracia está em risco pela alta de inflação, alta de combustível, abandono social e quase 600 mil mortos pela covid-19", ponderou.
Segundo Maria do Rosário, Jair Bolsonaro "não tem apenas uma crise", mas, sim, "criou um projeto que nos levou a essa realidade". Portanto, diz a deputada, as manifestações simbolizam a criação de união ampla para barrar a atual gestão, que está "nos levando a uma condição que põe em risco o futuro do país".
Por fim, ela defendeu o impeachment de chefe do Executivo Federal e criticou o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), por ignorar os mais de cem pedidos de afastamento do mandatário. A deputada afirma haver claros indícios de crimes de responsabilidades cometidos pelo presidente e pontua ser um direito dos parlamentares analisarem a deposição ou não de Jair Bolsonaro.
"Bolsonaro não pode simplesmente chegar ao processo eleitoral sem que tenhamos analisado os pedidos de impeachment. Arthur Lira tem agido de forma inadequada. [Ele] precisa garantir à Casa o direito de analisar o impedimento", completou, destacando que o afastamento do mandatário significaria a retirada de um "um governo fascista" do comando do país.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.