Protesto em Florianópolis é adiado, mas parte do grupo mantém manifestação
Uma situação inusitada ocorreu hoje (2) em Florianópolis momentos antes do protesto contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Pela manhã, a maior parte da organização decidiu adiar o ato para 16 de outubro devido à possibilidade de chuva. Porém, a manifestação acabou saindo à tarde.
A decisão de manter o protesto foi tomada por integrantes da organização, contrários ao cancelamento. Entre eles, estava o PT, CUT (Central Única de Trabalhadores) e Sintrasem (Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal de Florianópolis), entre outros.
"Setores do PCdoB, PSOL e PDT decidiram suspender. Mas, por conta da situação atual do país, a gente entendeu que seria até criminoso desmarcar em cima da hora. Sem contar que muitas pessoas já tinham se programado e o protesto foi organizado nacionalmente", explica o presidente do Sintrasem, Renê Marcos Munaro,
Na decisão anterior pela suspensão, foi levado em conta a avaliação do protesto de 7 de setembro, no qual muitos manifestantes reclamaram do frio e da chuva, além do risco de contágio da covid-19, explica o vereador Marcos Abreu (PSOL), mais conhecido por Marquito. Na época cerca de 5 mil pessoas participaram.
"Ao saber essa decisão colegiada a gente rapidamente se organizou e disse que não iria abrir mão do ato, porque é um ato nacional. Em seguida, a gente decidiu atuar no sentido de levar uma informação mais segura para quem estava a caminho do ato", explica o vereador.
Marquito observou ao UOL que, mesmo participando hoje, vai compareceu no protesto marcado para o dia 16. "Não tinha como não estar nas ruas hoje."
A previsão de chuva acabou não se confirmando e o protesto reuniu cerca de 10 mil pessoas, segundo o presidente do Sintrasem.
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